19/06/2018 - 8:00
O Hyundai Creta que você vê nas fotos é da versão Prestige. É o melhor que você pode comprar se optar pela aquisição do SUV compacto da marca coreana. Traz de série o motor 2.0 de duplo comando e quatro válvulas por cilindro que produz saudáveis 166 cv e um torque máximo de 20,5 kgfm, que atinge esse valor máximo a altos 4.700 rpm. O câmbio é um automático de seis marchas. Mas, sabem mesmo o que eu gostei nesse carro? É a docilidade como esse bom motor opera nas baixas rotações. Quando você lê que o motor produz sua máxima força a 4.700 rpm, tem-se a impressão de um motor agudo, que é péssimo nas baixas rotações. Na prática, isso não acontece: O motor é suave, silencioso, com boas respostas ao comando do acelerador e, o que é melhor, bem econômico quando utilizado moderadamente (com gasolina, consegui fazer médias de 14,5 km/l na estrada e 8,5 km/l na cidade). Um motor eclético e que me surpreendeu.
E essa versão Prestige, mesmo custando cerca de (salgados) R$ 104 mil, é um carro bem bacana: Bancos forrados em couro marrom, sistema multimídia bastante completo, banco do motorista com ventilação, ar-condicionado digital com saídas na traseira, seis airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, chave presencial, partida por botão, controle automático de velocidade, rodas de liga-leve diamantadas de 17”, start-stop, entre outros. Mas, também não posso me furtar a algumas críticas: plástico duro onde eu esperava o mesmo acabamento em couro dos bancos, como no painel e nas portas; uma qualidade bem aquém do que eu esperava no sistema de som de um carro de mais de R$ 100 mil e o freio de mão, ao invés da tradicional alavanca, poderia ter acionamento elétrico por botão, como nos concorrentes Honda HR-V EXL e Jeep Renegade Limited Flex.
Outro ponto que me impressionou positivamente no Creta foi a boa capacidade do seu porta-malas: 431 litros. De uma maneira geral, os SUV compactos ou crossovers tem uma capacidade mais limitada do porta-malas. Até pelo design de suas carrocerias e de suas limitações na distância entre-eixos. O Hyundai Creta Prestige roda de maneira bem suave e silenciosa. Agradável para quem dirige em velocidades baixas ou médias.
Um carro bacana para quem está disposto a gastar pouco mais de R$ 100 mil. Mas você não tem toda essa grana? A Hyundai disponibiliza outras versões, bem mais acessíveis quando o assunto é preço. Existe uma versão intermediária, batizada de Pulse, oferecida com câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas. A grande diferença dessa intermediária Pulse para a topo de linha Prestige está principalmente na motorização: 1.6 com 128 cv e torque máximo 16,5 kgfm. Claro que seu desempenho é mais contido que o 2.0. Mas, o 1.6 também consome menos combustível. Anda menos, gasta menos. Nessa versão Pulse, os preços situam-se entre R$ 81 mil e 88 mil. Isso vai depender da escolha do câmbio, manual ou automático. Mas esqueça os bancos de couro marrom, o ar-condicionado digital e a central multimídia. Tudo nele é mais simples.
Mesmo assim, você ainda acha esse Creta intermediário caro? Então vamos lá: Há uma versão de entrada, a Attitude. Oferecida somente com câmbio manual de 6 marchas e o mesmo motor 1.6 de 128 cv da versão intermediária. Essa versão é ainda mais simples que a Pulse. Mas, mesmo assim, o preço ainda compensa o pacote de equipamentos nela contida: R$ 76.350. Com mecânica idêntica a da versão Pulse com câmbio manual, pode ser uma boa opção para quem não quer gastar muito com um Creta 0km mas, ao mesmo tempo, não quer abrir mão da praticidade de um SUV. Também um carro legal. Assim, percebe-se que tem Creta para todo tipo de público, basta saber o que você prefere e fazer a sua escolha.