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Em 2012, a Hyundai invadiu o mercado com o HB20, seu primeiro modelo nacional de grande volume. Elevou padrões do segmento – o hatch foi o primeiro a oferecer isofix para encaixe de cadeirinhas, por exemplo –, e aproveitou a boa fama dos Hyundai importados e do Tucson nacional para fazer do HB20 o quarto carro mais vendido do Brasil hoje (na categoria, perde só para Fiat Palio e Chevrolet Onix). Agora, apenas três anos depois, o carro é todo reestilizado e tem sua mecânica aprimorada. Cedo demais? Talvez, mas a marca não quer correr o risco de perder sua clientela.

Externamente, a maior novidade está na grade trapezoidal com moldura cromada. O hatch também ganha LEDs diurnos (na versão topo), luzes de neblina com cromados, lanternas com lente clara e para-choque traseiro maior para reduzir danos em pequenos impactos (e fez o HB20 crescer 2 cm). Na carroceria, duas novas cores: Prata Sand e Bronze Terra. Internamente, há novos materiais aqui e ali e a lista de equipamentos aumentou – mas o preço também subiu, e não foi pouco (detalhes aqui). Essa versão Premium avaliada foi de R$ 53.355 para R$ 59.445.

O aumento é em parte justificado pela adição de ar-condicionado digital, retrovisores com rebatimento elétrico e airbags laterais, além dos LEDs. O HB20 avaliado tinha ainda opcionais exclusivos da versão – couro marrom e central blueMedia – e vai a R$ 63.535. O blueAudio, de série, já tem bluetooth e USB, mas só o blueMedia espelha celulares, permitindo usar apps como o Waze direto na sua tela (e será compatível com Apple CarPhone). Mas as melhores – e mais necessárias – novidades estão na mecânica. Todo HB20 1.6 têm agora câmbio de seis marchas, seja manual, seja automático. Para ter o último, não é preciso gastar tanto no HB20 Premium. A caixa também está nas versões Comfort Plus AT (R$ 52.745) e Comfort Style AT (R$ 55.845).

A transmissão com opção de trocas sequenciais transformou o carro. Se a de quatro marchas “matava” o bom motor, essa nova deu mais ânimo ao hatch, além de reduzir ruído e consumo – principalmente na estrada, onde a 100 km/h o conta-giros marca 2.250 rpm (e 2.800 a 120 km/h). Com mais marchas, as trocas são menos frequentes e mais cômodas. O 1.6 segue com até 128 cv, mas eliminou o tanquinho de partida a frio e ganhou mudanças para gastar menos. Com o novo câmbio manual, o HB20 1.6 passou de nota B para A na categoria. Os dados da automática continuam não sendo divulgados, embora tenham melhorado (no test-drive, marcou 11 km/l na estrada).

Pena que outras mudanças necessárias ficaram para a próxima geração: uma direção elétrica, por exemplo, seria bem-vinda no lugar da hidráulica defasada, pesada em manobras e pouco precisa; as suspensões são macias, mas podiam melhorar em curvas; os freios traseiros deviam ser a disco; a tela multimídia é difícil de ver com sol forte; e falta um piloto automático – útil em grandes cidades e já oferecido nos rivais. De qualquer modo, o HB20 tem boas novidades, que devem mantê-lo no pódio. Pelo preço dessa versão Premium, porém, há opções mais interessantes no mercado.

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Ficha técnica:

Hyundai HB20 Premium 1.6 AT

Preço básico: 52.745
Motor: 4 cilindros em linha, 16V, DOHC, comando variável (admissão)
Cilindrada: 1591 cm3
Combustível: flex
Potência: 122 cv a 6.000 (g) e 128 cv a 6.000 (e)
Torque: 16 kgfm a 4.500 rpm (g) e 16,5 kgfm a 5.000 rpm (e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Tração: dianteira
Direção: hidráulica
Dimensões: 3,920 m (c), 1,680 m (l), 1,470 m (a)
Entre-eixos: 2,500 m
Pneus: 185/60 R15
Porta-malas: 300 a 900 litros
Tanque: 50 litros
Peso: 1.071 kg
0-100 km/h: 11s0 (g) e 10s6 (e)
Velocidade máxima: 186 km/h (g) e 190 km/h (e)
Emissão de CO2: sem dados
Consumo: não divulgado
Nota do Inmetro: não participa