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O Tucson começou a ser importado para o Brasil no fim de 2005 e logo se tornou sucesso absoluto de vendas. Chegou à vice-liderança do mercado de SUVs em 2008, posição que manteve até 2011. Hoje, é o quinto mais vendido da categoria. Um feito impressionante, considerando que ele quase não mudou nesses onze anos e hoje convive com suas duas gerações seguintes – chamadas de ix35 e New Tucson. O segredo do sucesso, hoje mais do que nunca, está no preço. É a famosa relação custo-benefício.

Procure por aí um SUV médio com interior espaçoso, motor 2.0 e câmbio automático. Nenhum vai chegar perto dos R$ 69.900 do Tucson, agora vendido em versão única. É o preço de um VW CrossFox 1.6 (mas também de chineses interessantes, como o Lifan X60 e o JAC T5 CVT). Isso em um carro que, além do básico, tem ar-condicionado digital automático, rodas de liga aro 16, suspensão traseira independente, bancos e acabamento em couro (sintético) e central multimídia completa, com GPS e câmera de ré.

Mas claro que não há milagre, e para custar tão pouco o Tucson tem também pontos negativos. O design está bastante cansado e sua lista de equipamentos não inclui importantes itens de segurança como controle de estabilidade e isofix, além de ficar devendo piloto automático e faróis com acendimento automático, entre outros. A mecânica também revela a idade avançada: o motor 2.0 flex de 146 cv não é grande vantagem, pois está ligado a um câmbio automático de apenas quatro marchas e o peso elevado não ajuda. Assim, o desempenho deixa a desejar, mesmo comparado a rivais de motor menor, e o consumo é o pior da categoria: com etanol, o Tucson faz 5 km/l na cidade e 5,9 km/l na estrada. Pelo menos o tanque é grande.

No fim, o Tucson tem relação custo-benefício interessante e garantia de cinco anos. E a vantagem de ser um autêntico SUV: robustez, linhas mais quadradas e posição de dirigir alta. Pena que a versão 4WD não venha mais. Mas é preciso fazer as contas: se você roda muito, a economia na compra pode ser ofuscada pelas despesas no posto. Dependendo do caso, vale esperar pelo Creta. Mais leve, mesmo na versão 1.6 ele deve gastar menos e andar mais que o Tucson. E nem é tão menor assim.

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Ficha técnica:

Hyundai Tucson GLS

Preço básico: R$ 69.990
Carro avaliado: R$ 69.990
Motor: 4 cilindros em linha 2.0, 16V, comando variável
Cilindrada: 1975 cm3
Combustível: flex
Potência: 142 cv a 6.000 rpm (g) e 146 cv a 6.000 rpm (e)
Torque: 19,1 kgfm a 4.500 rpm (g) e 19,7 kgfm a 4.500 rpm (e)
Câmbio: automático, quatro marchas
Direção: hidráulica
Suspensões: McPherson (d) e dual-link (t)
Freios: disco (d/t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,325 m (c), 1,795 m (l), 1,730 m (a)
Entre-eixos: 2,630 m
Pneus: 235/60 R16
Porta-malas: 325 litros (até a tampa; 644 até o teto)
Tanque: 65 litros
Peso: 1.549 kg
0-100 km/h: 13s5 (e)*
Vel. máxima: 180 km/h (g)*
Consumo cidade: 7,1 km/l (g) e 5 km/l (e)
Consumo estrada: 8,3 km/l (g) e 5,9 km/l (e)
Nota do Inmetro: E
Emissão de CO2: 181 g/km
Classificação na categoria: E (utilitário esportivo compacto)