As montadoras instaladas no Brasil e suas concorrentes chinesas travam uma queda de braço em torno da retomada do imposto de 35% para veículos importados prontos, prevista para julho de 2026, e para os carros em regime desmontado (CKD/SKD), cuja cobrança integral foi antecipada de julho de 2028 para janeiro de 2027.
No modelo CKD/SKD, adotado por empresas como a chinesa BYD, os veículos chegam ao país praticamente prontos, mas em kits desmontados. Trata-se de uma forma de reduzir tributos: em vez de produzir localmente, a montadora importa quase todo o carro, faz uma montagem final e se enquadra em uma regra fiscal mais branda.

+ Governo barra pedido da indústria brasileira que deixaria pneus importados mais caros; entenda
+ BRAZIL JOURNAL: ‘Poderíamos importar da China, mas queremos fazer no Brasil,’ diz CEO da Volkswagen
Imposto para evitar a desindustrialização do setor
As concorrentes das chinesas, que anunciaram mais de R$ 100 bilhões em investimentos até 2030, rejeitam essa política. As companhias argumentam que a tarifa cheia não deve ser adiada, de modo a evitar a desindustrialização do setor.
A avaliação é que, se as chinesas conseguirem esticar o prazo, manterão uma vantagem competitiva vendendo mais barato. Isso tudo sem gerar empregos e cadeias produtivas locais, apontam fontes do setor.
Tensão entre as montadoras cresceu na segunda-feira, 29, quando o presidente da BYD Brasil, Tyler Li, foi recebido por Geraldo Alckmin.
Leia mais na coluna de Guilherme Amado, em PlatôBR.