30/05/2025 - 12:17
Quase três anos desde a estreia do BYD Song Plus no Brasil: ele chegou por aqui em setembro de 2022, ainda no início das operações da marca chinesa no mercado nacional.
Agora, foi remodelado para a linha 2026, ganhando um design “emprestado” do Song Plus Premium, que desembarcou por aqui no final de 2024, ainda como edição especial. Esse, inclusive, tornou-se versão padrão do catálogo, por R$ 300 mil.
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O que mudou?
O aumento de preços, de R$ 5,2 mil, foi bem justificado: o SUV médio ganhou um belo sistema de som Infinity, tecnologia do head-up display (projeta as informações de condução no para-brisas), além da forração interna em couro sintético marrom com preto, que foca numa pegada mais requintada para o Song Plus. Com essas e outras novidades, como as rodas aro 19, agora belisca os R$ 250 mil no valor de tabela.
Motorização
Porém, ainda que tenha evoluído na estética e recheio, nada mudou na motorização. Continua o 1.5 16v naturalmente aspirado, junto do motor elétrico dianteiro, gerenciados por uma transmissão automática dedicada para híbridos. Combinados, falamos de 235 cv de potência, com torque ao redor dos 41 mkgf.
Visual
No geral, o novo visual atrai alguns olhares curiosos pelas ruas. Com nova dianteira, traseira reformulada e rodas inéditas (aro 19, com design atraente), o Song Plus GS fica praticamente “gêmeo” do Premium. Mais esportivo, de linhas com dose extra de fluidez, passa a lembrar o sedan elétrico Seal, tradicional pelo desempenho.
Ao volante
Falando nisso, o Song Plus segue acelerando bem, conseguindo um tempo de 0 a 100 km/h menor que o de hatches esportivos, como o Renault Sandero R.S. Um dos responsáveis por isso é a tração predominantemente elétrica: o motor 1.5 a combustão, principalmente na versão GS “normal”, atua mais como gerador para alimentar as baterias de 18,3 kWh. Vez ou outra, apenas, entra em ação para ajudar a mover o carro. O elétrico, principal, entrega 194 cv sozinho.
No test-drive, um trajeto predominantemente urbano, com parte em avenidas de maior velocidade, o Song Plus mostrou a melhor eficiência energética, recuperando energia nas frenagens e desacelerações, e aproveitando a carga das baterias. A versão GS, segundo o Inmetro, roda 63 km no modo totalmente elétrico. O Premium, com as novas baterias de 26,6 kWh, vai além: até 87 km como EV.
Tecnologias
Silêncio e conforto seguem predominando na vida a bordo desse SUV. A proposta dos chineses é justamente essa, ainda que os inúmeros assistentes de condução do SUV costumem se intrometer bastante na condução. Porém, é possível desligar (quase) tudo pela multimídia de 15,6”, que continua rotativa e com conexões com a internet, porém estreia layout renovado.
Ainda no time de tecnologias, há o inédito sistema de chave digital NFC, que já existia, mas agora permite travar e destravar o carro pelo celular, mesmo sem conexão com a internet (nesse caso, opera por Bluetooth). O head-up display passa ser grande aliado do motorista no dia a dia, evitando desvios de olhares para acompanhar velocidade, situação do piloto automático, ou outras condições de uso. Prático.
Interior
O posto de condução, elevado, segue ergonômico e com boa visibilidade externa. Porém, os encostos dos bancos dianteiros seguem baixos: com motoristas de maior estatura ao volante (principalmente acima de 1,85 m), o topo do encosto de cabeça se limita na nuca de quem dirige. Freios e direção possuem ajustes de intensidade de atuação, ou seja, é fácil encontrar uma configuração mais agradável para guiar.
Na cabine, prevalece a boa forração, com materiais decentes, montagens corretas e a menor quantidade de plásticos duros possível. Também não falta espaço, seja para motorista e copiloto, mas, principalmente, no banco traseiro: ali, há assoalho totalmente plano, um generoso vão para pernas e pés, além de luzes de leitura, saídas de ar-condicionado, portas USB, apoio de braço e por aí vai.
Nada de perder espaço à concorrência
Na realidade, a atualização dessa linha 2026 foi justamente para que o Song Plus não perca espaço, ainda mais com a chegada de rivais de peso, como o GWM Haval H6 atualizado, ou o novato GAC GS4, ambos chineses, que também apostam forte na melhor relação custo X benefício. É esperar pra ver, mas a BYD já deu sua cartada.
