18/11/2025 - 8:00
O GWM Haval H6 sempre foi um bom carro. Tinha espaço, tecnologia, eficiência mecânica, baixo consumo e bom recheio de série, tudo isso por preços competitivos. Só que ele merecia alguns ajustes, como todo bom carro importado que chegava ao Brasil através de uma marca novata por aqui. Passados cerca de três anos da sua estreia, a GWM decidiu mexer na linha Haval H6, trocar o design e consertar alguns “probleminhas”.
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Novo design
Nesse modelo 2026, o Haval H6 ganha uma cara nova, mais limpa e fluída, bem como rodas inéditas, só que basicamente a mesma traseira da linha anterior. Na China, ali mudaram lanternas, parachoque e tampa do porta-malas, mas a GWM sabia que aquele design não agradaria o consumidor brasileiro. Deixou como estava. Já o interior ganhou outra cara, também mais “clean”, e com telas maiores e mais bonitas.
Preços mudaram
Alguns preços ficaram maiores: as versões HEV2 e PHEV19 estão R$ 3 mil mais caras cada, e agora custam R$ 223 mil e R$ 248 mil, na ordem. A PHEV35 (antiga PHEV34, mesma bateria) continua por R$ 288 mil, e a GT Coupé segue pelos R$ 325 mil. Esse último, porém, só mudou no interior, rodas e mecânica, conservando o design de carroceria de antes.
Haval H6: pedidos atendidos
A fabricante chinesa, diferente de outras concorrentes conterrâneas, gosta de trabalhar a engenharia dos seus carros e cria ajustes específicos para o Brasil. De fato, o Haval H6 merecia novas calibrações das suspensões, especialmente dianteiras, que eram meio molengas e barulhentas. Além disso, o público pedia novas telas para painel e multimídia, bem como um novo volante mais ergonômico.

Pois, numa tacada só, mexeram nas tais suspensões, e também nos freios. Renovaram o motor 1.5 turbo a gasolina, repensaram algumas medidas de pneus/rodas, trocaram as telas da cabine, instalaram novos softwares eletrônicos, melhoraram o sistema de som e, junto do design inédito da cabine, veio o novo volante que o consumidor queria.

Ao (novo) volante
Se ficou mais bonito ou não, aí vai do gosto de cada um. Ainda assim, uma coisa é fato: o Haval H6 evoluiu, tanto para quem vê, quanto para quem dirige. Em um percurso curto e um tanto limitado de test-drive, a versão PHEV34, mais completa com carroceria SUV e motorização híbrida plug-in, botou à prova tudo que a marca chinesa aplicou no modelo renovado. Será que basta?

Logo de cara, o novo volante de dois raios pode parecer simples e genérico, só que resolveu os problemas: tem aro maior, material mais aderente e melhorou a ergonomia do motorista. Os bancos ventilados e com ajustes elétricos também passaram por pequenas mudanças de forração e espuma, no mesmo sentido de evolução. Agora o painel de instrumentos digital é personalizável, algo que fazia falta no modelo anterior, e ganhou algumas funções, como indicar neblina ou chuva num diagrama “bonitinho”.

Novas telas
Essa nova central, grandona, tem resolução nitidamente maior de tela, e valorizou o passe na cabine da linha Haval H6. O aparelho anterior, mais vertical e com 12,3”, não era ruim, mas esse está maior, mais bonito e completo: aceita mais de 300 comandos de voz, permite várias personalizações e está mais acessível, com direito a loja de aplicativos, opção de Spotify nativo e por aí vai. No console, agora o carregador de celular sem fio está três vezes mais potente, com 50 Watts. Bacana.

Suspensões e freios mudados
Hora de dirigir. O SUV continua bem silencioso, suave e progressivo, como sempre foi, com pique grande de acelerar, especialmente nessas versões mais caras (a PHEV35 tem quase 400 cv de potência). Espaço interno e conforto são outros méritos. Com novas tecnologias e mais torque, o motor 1.5 turbo a gasolina ainda não é flex, porém casa melhor com a transmissão dedicada de duas velocidades (uma para baixas e outra para médias/altas velocidades).

Com atuador eletrônico inédito (era hidráulico até então), o sistema de freios do Haval H6 está mais rápido no gatilho, e para o SUV médio com competência e pouquíssimo fading, especialmente nos PHEV34 e GT Coupé, com quatro discos ventilados. As tais suspensões dianteiras? Ainda se mostraram um pouquinho mais moles do que deveriam, porém trabalham nitidamente mais quietas.

Em valetas, lombadas e buracos grandes, o conjunto dianteiro do Haval H6 deixa de bater seco, como fazia antes, e absorve melhor o impacto com o piso, graças a um novo stop hidráulico do amortecedor. Além disso, a configuração HEV2, de entrada, passou a trazer pneus de perfil mais alto com rodas menores (aro 18), o que deve acentuar ainda mais a sensação de absorção em pisos ruins e na hora de atravessar obstáculos.
Frente menos angulada

Porém, o parachoque redesenhado vem mais “bicudo” e baixo, fazendo com que o SUV perca um pouco da capacidade off-road: seu ângulo de ataque baixou de 23,7 para 22 graus. O de saída, porém, saltou de 28 para 30 graus.
O que ele ganhou?

No mais, versões mais caras agora trazem sistema de som melhor (uma necessidade do modelo desde sua estreia), câmera 540º, o carregador de celular sem fio com 50 Watts, e portas USB traseiras mais potentes (60 Watts). Segue completão, com destaque para o tremendo pacote de assistentes inteligentes de condução (ADAS) nível 2+. Boa nova é que, por conta do novo software da multimídia, as preferências e escolhas do motorista agora ficam salvas: não é preciso reconfigurar tudo a cada vez que o carro é ligado. Bem mais prático.
Também perdeu…

E, falando em praticidade, nem tudo são flores: o seletor giratório de marchas, antes no console, agora passou a ser uma haste atrás do volante, no lado direito. É algo que, de fato, libera espaço no console, mas que pode confundir a vida de alguns desacostumados, que vão procurar naquela “chave de seta” os comandos dos limpadores de parabrisas. Estes, por sua vez, passaram para o lado esquerdo.

Outra perda significativa foram as cores diversificadas: até então o Haval H6 podia ser azul, vermelho, bege, marrom, ou até mesmo verde escuro, no caso do GT Coupé. Agora, nessa linha 2026, só sobrou o preto, o branco e o prata, enquanto um azul marinho pode pintar apenas a carroceria coupé. O interior pode ser todo preto, preto com bege claro, ou preto com costuras e detalhes vermelhos, dependendo da versão.













