09/12/2019 - 8:35
Você já conferiu as versões e preços da linha 2020 do Chevrolet Equinox (confira aqui). Agora vamos te contar as primeiras impressões. Para início de conversa, é a primeira vez que o fabricante aplica um motor de quatro cilindros 1.5 turbinado em um modelo à venda no Brasil. Lá fora, ele é compartilhado no sedã Malibu e no GMC Terrain.
O motor e câmbio são feitos no México (mesmo local de fabricação do Equinox). Frente ao 2.0 turbo de 262 cv com transmissão automática de nove marchas para entregar, que segue presente na topo de linha Premier (R$ 162.990), são 90 cv de potência a menos. Mas não se deixe levar pelos números.
A nova motorização vem combinada ao câmbio automático de seis marchas e estão disponíveis 172 cv de potência e 27,8 kgfm de torque. De início, o desempenho agrada em cheio pela elasticidade e o turbocompressor de geometria variável assegura respostas progressivas desde os giros mais baixos. Também merece elogios pelo trabalho da transmissão, com mudanças/reduções livres de trancos. Quem preferir guiar mais esportivamente pode realizar trocas sequenciais pela tecla acima da alavanca.
O conjunto tem calibração voltada para o conforto, mas sem esquecer de oferecer um tempero esportivo ao acelerar fundo. Seja em baixa velocidade ou nos giros mais altos, o 1.5 turbo oferece um funcionamento suave e transmite mínima vibração. A direção assistida eletricamente possui o mesmo feeling da versão Premier 2.0 T, com o peso correto, mas ligeiramente anestesiada. Já a tração integral sob demanda se encarrega de deixar o SUV grudado no chão e o contato com o solo é feito pelos largos pneus de medidas 235/50 R19.
Devido aos 1,695 m de altura e às suspensões macias, a carroceria do Equinox rola nas curvas contornadas mais rapidamente. Nessas situações, o utilitário esportivo também mostra tendência a sair de frente, quando equipado com tração apenas no eixo dianteiro (configurações LT e Midnight). Nada que assuste, pois o Equinox tem um comportamento previsível. Como tudo o que anda, uma hora precisa parar, os freios são o mesmo aplicados no motor 2.0 turbinado. Ou seja, superdimensionados com discos ventilados na frente e sólidos na traseira.
No final das contas, a Chevrolet acertou na receita. Não é um canhão de 262 cv de potência, mas sim um carro equilibrado e que não faz feio, além de oferecer consumo 8,3% melhor em relação ao 2.0 turbo. Tem tudo para incomodar os rivais Volkswagen Tiguan Allspace, Jeep Compass e cia. Se você ficou interessado, o modelo chegará às concessionárias a partir do primeiro trimestre de 2020.