Em vigor desde o passado para veículos a diesel, a inspeção ambiental veicular, a partir deste ano, passa a ser obrigatória também para carros e motos. A lei, que foi elaborada em 1994, só é válida para automóveis registrados na cidade de São Paulo, e tem como objetivo principal diminuir o índice de poluição do ar da capital. Se tudo correr bem, é provável que outras cidades do País copiem o modelo paulistano.

Por enquanto, serão submetidos à inspeção automóveis fabricados a partir de 2003 (exceto os zero km) e toda frota de motos. Estima-se que a operação envolva cerca de 41% do total de veículos do município. O motorista que não fizer a inspeção até 90 dias antes do licenciamento de seu carro (veja as datas na seção Mercado) não poderá acertar o documento, além de estar sujeito à multa de R$ 550. Para quem optou pelo pagamento adiantado da taxa, junto com o IPVA, a regra é a mesma. Se a inspeção não for feita no prazo, em 2010 o licenciamento será bloqueado.

Há oficinas que propõem “mascarar” os problemas do carro antes da inspeção, realizada pela Controlar (nas imagens). Não caia nessa: radares espalhados pela cidade vão apontar os poluidores

Dicas de manutenção

Para não ser reprovado na inspeção ambiental não é preciso grande esforço. Basta fazer a manutenção preventiva conforme recomendação do fabricante. Isso engloba trocas de óleo em dia e filtro de ar limpo. É necessário checar se há algum vazamento ou se o carro está soltando fumaça em excesso. As principais causas da poluição são: falha no sistema de injeção eletrônica, filtro de ar, velas e bicos injetores sujos, catalisador danificado ou vencido e motor desgastado. Para garantir, leve o carro para um check-up antes da inspeção.

O check-up pode ser realizado em qualquer centro automotivo da rede Controlar, credenciada pela prefeitura. Mas é necessário agendar a visita pelo site www.controlar.com.br ou pelo telefone (11) 3545- 6868. Até o final de abril, o agendamento só estará disponível para veículos com placas de final um, pois o serviço segue a tabela de licenciamento do ano. De qualquer forma, é bom não deixar para a última hora, pois, pelo menos no mês de janeiro, os motoristas estavam encontrando dificuldades para serem atendidos.

A taxa é de R$ 52,73 mas se o veículo for aprovado, o motorista será reembolsado pela prefeitura, que está desenvolvendo um site onde os proprietários solicitarão o reembolso. O ressarcimento só é válido para quem não tiver pendência de tarifa municipais.

O procedimento da inspeção é simples e tem duração estimada de cinco minutos. Primeiro, o técnico faz uma avaliação visual do veículo, observando se o motor está com funcionamento normal, se há vazamentos e se o sistema de escapamento recebeu alterações. Depois, o carro passa pela avaliação computadorizada, que mede emissão de ruídos, monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e a diluição em marcha lenta e a 2.500 rpm.

Um teste parecido com o que a MOTOR SHOW faz, juntamente com a oficina FrisonTech (11-3901-0813), nos modelos que avalia. Aliás, o consumidor pode (e deve) agendar um teste prévio em oficina particular para saber se está tudo certo com seu carro e evitar o susto de ser reprovado na inspeção. Caso necessite, o mecânico fará os reparos para colocar o carro dentro da lei.

Um novo modelo de fiscalização também entrará em vigor, o sensoriamento remoto. Desde 2007, a prefeitura instalou 52 equipamentos com tecnologia de infravermelho, que detectam a concentração de HC, CO, CO2 e NOx emitidas pelos carros. Mas essa medida tem caráter educativo, por isso, o motorista não levará multa. Se identificado um nível de poluição acima do permitido, ele receberá uma convocação para realizar a inspeção.