A Audi se prepara para a chegada do novo Mercedes Classe E com este novo A6, que teve revistos a mecânica, o conforto e o design (para-choques, tampa traseira e frisos, entre outros). A primeira boa novidade está no motor 3.0 V-6 TFSI: em substituição ao V6 3.2 FSI (injeção direta de gasolina) anterior, de 255 cv, o atual ganhou mais potência (290 cv) e torque (antes 33,6 kgfm, agora 42,8 kgfm), além de menor consumo (10% menor) e emissão de poluentes, graças à utilização de um velho e conhecido recurso de superalimentação através de um compressor mecânico, que garante mais ar para dentro dos cilindros sem perder as vantagens da injeção direta FSI.

O interessante é que a Audi continuou batizando o novo motor de “T” (na traseira vem a sigla “3.0 T”), sem que o modelo utilize turbocompressor, tecnologia que a marca domina desde os anos 80. Mas, como o mercado norte-americano é o alvo desse novo motor, a marca resolveu retornar à tecnologia do compressor, mesmo com rendimento inferior ao da turbina, atendendo o consumidor de lá, que prefere alto torque e uma manutenção mais informal (o turbo não perdoa descasos com a manutenção).

O resultado final foi bom. O novo A6 tem ótimo rendimento, com boas respostas do acelerador, retomadas vigorosas e aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos (o torque máximo, 9,3 kgfm maior que o do antigo, fica disponível de 2.500 a 4.850 rpm). Com tanto torque, a tração integral é fundamental para o bom equilíbrio nas acelerações, retomadas e curvas mais rápidas. Em situações com aderência comprometida, como na chuva, a tração mostra-se muito mais segura. O câmbio automático produz trocas suaves e quase imperceptíveis.

A partir dos R$ 270 mil, a versão Sport avaliada vem completa, mas pode contar ainda com opcionais (partida sem chave, sensor de estacionamento com câmera e faróis xênon direcionais, entre outros). De série, o piloto automático adaptativo vai além de um simples controlador de velocidade e literalmente dirige o carro (acelera, freia, mantém distância segura do carro da frente, estabiliza ou varia a velocidade de acordo com o ritmo do carro da frente, tudo isso mantendo-se o limite estipulado de velocidade). Um bom computador de bordo e um ótimo sistema de áudio completam o pacote. Todos muito úteis e funcionais. Uma compra considerável.

Acima: na porta, os controles das memórias do banco (para motorista e passageiro); o painel de instrumentos é sóbrio e de boa leitura; uma tela LCD controla as funções do áudio e do carro

Abaixo, o ar-condicionado com controle digital independente para motorista e passageiros e a alavanca de câmbio – ao seu redor, os comandos do carro e som e também da partida sem chave