Há muitas controvérsias com relação aos critérios de tributação dos carros novos. Atualmente, o governo cobra o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tomando por base a cilindrada do motor. Há críticas em relação a este sistema de taxação do governo, porque ele não premia os motores mais efi cientes – e sim os de menor capacidade cúbica, que comprometem a performance e, consequentemente, a segurança. Alguns acham que a cobrança do imposto deveria considerar a potência, e não a cilindrada. Neste caso, correríamos o risco de premiar com impostos mais baixos motores antigos e obsoletos que, por isso, seriam menos potentes. E a cobrança do IPI tem influência direta no preço final do veículo para o consumidor. Diante destas possibilidades, qual deveria ser então o critério justo, que beneficiasse tanto a sociedade quanto o consumidor?

Neste momento de dúvida, surge uma luz esclarecedora vinda do próprio governo, mais especifi camente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este ministério, por meio de seu ministro, o jornalista Miguel Jorge (que está à frente da entidade desde março de 2007), está há pouco mais de dois anos fazendo estudos, juntamente com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (o Inmetro), de um projeto que objetiva a cobrança do IPI levando em consideração o consumo de combustível dos veículos. Muito inteligente. Como a emissão de poluentes na atmosfera está diretamente ligada ao consumo, fica claro que, a partir do momento em que o critério for adotado, todos ganharão: a sociedade, que verá premiado com menor imposto o carro que polui menos, e o consumidor, que pagará um preço mais atraente pelos carros mais econômicos. E os fabricantes vão se ver obrigados a investir em novas tecnologias que reduzam o consumo de seus carros, se quiserem pagar um imposto menor e oferecer seus produtos por um preço mais competitivo. Vamos apoiar essa iniciativa inteligente que beneficia toda a sociedade.

Douglas Mendonça | DIRETOR TÉCNICO

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