13/11/2024 - 6:50
O Grupo SHC, que representa a JAC Motors no Brasil, inaugurou na capital paulista um centro de recuperação de baterias para todos carros elétricos da marca, que inclui: E-JS1, iEV20, iEV40, E-JS4, E-JV7L, E-J7.
Ao todo, o investimento em equipamentos de diagnóstico para alta tensão e outros componentes do laboratório foi superior a US$ 1 milhão (ou R$ 5,79 milhões, em conversão direta).
O espaço já em operação tem como objetivo recuperar as baterias ao substituir células com defeito e evita a substituição da pela inteira. Com isso, é possível reduzir os custos, após um problema com a bateria e, claro, tornar o serviço mais acessível. O laboratório presta serviços pra rede de concessionária e oficinas credenciadas. Para o cliente, seria como se uma oficina estivesse levando o motor para uma retífica.
O site MOTOR SHOW entrou em contato com o Grupo SHC sobre os custos para o serviço. A resposta é que não há um valor específico e o custo de reparo representa uma fração comparada à substituição dos módulos, normalmente custeados em garantia pela montadora.
No entanto, a companhia afirma que substituir um pack inteiro de baterias pode representar até 55% do valor do veículo elétrico. O carro mais barato da JAC é o E-JS1, que parte de R$ 126.900 (23/23) e 132.900 (24/25).
O período de garantia para os veículos de passeio da linha elétrica da JAC é de 5 anos ou 100.000 km para bateria. Vale destacar que a degradação da bateria ocorre de forma não linear. Outras marcas oferecem até 8 anos de garantia, tempo em que a bateria pode começar a perder vitalidade.
“Em um ano, vamos evitar o descarte de mais de 15.000 kWh de baterias”, afirma Nicolas Habib, Chief Operating Office da JAC Motors no Brasil, à imprensa.
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Composição de uma bateria
A bateria é composta por centenas de células individuais, que se assemelham às pilhas comuns tamanho “D”, conectadas em série e de forma paralela, compondo um módulo que, por sua vez, é agrupado a outros para formar o pack de baterias.
Os packs modernos de baterias contam com um sistema de gerenciamento de tensão, que controla o fluxo de energia, equilibra a carga entre as células e sua temperatura, garantindo assim a segurança da bateria.
Veja abaixo o passo a passo do processo:
1º – Identificação das células danificadas: é utilizado um equipamento de alta precisão, o multímetro, para medir a capacidade das células e identificar o núcleo com baixa voltagem.
2º – Remoção do núcleo defeituoso: o núcleo defeituoso é removido com o auxílio de uma serra-copo, serrando apenas a área necessária para extraí-lo. A seguir, ele é substituído por um novo.
3º – Soldagem a laser: é realizada uma soldagem a laser para conectar o novo núcleo ao conjunto de células do módulo reparado.
4º – Balanceamento das células: o módulo é colocado em uma balanceadora, que carrega o novo núcleo na mesma voltagem das células existentes.
Todo o processo leva, em média, três dias por módulo.
Treinamento
Para atender no local, uma equipe de engenheiros da empresa passou 30 dias na China. Houve a capacitação em técnicas avançadas e práticas de manutenção em alta voltagem. Especialistas do oriente também vieram ao Brasil para calibrar os equipamentos e certificar os procedimentos.
Os profissionais conseguem mapear de forma individual as células. Durante essa fase do processo, é possível identificar aquelas que precisam de reparo ou substituição, geralmente devido à impurezas no processo produtivo.
