A Jeep já confirmou que vai fabricar o Avenger no Brasil a partir de 2026. Porém, diferentemente dos outros carros nacionais da marca, ele não sairá da fábrica de Goiana, no Pernambuco. Em vez disso, dividirá espaço com os Citroën C-Cubed (C3, Basalt e Aircross) na fábrica de Porto Real (RJ). Quer entender o motivo?  

+Jeep Avenger será produzido em Porto Real (RJ), confirma Stellantis

+Fiat Fastback T200 2026 ou Jeep Renegade Sport T270? Veja preços, motorizações e equipamentos

PreviousNext

Jeep Avenger com base de Peugeot

Na realidade, o Jeep Avenger, que é vendido na Europa desde 2022, usa justamente a mesma plataforma modular CMP da Peugeot-Citroën. É a base dos C3, Basalt, Aircross, 208, 2008 e por aí vai. E, nada melhor que fazer o Avenger onde justamente já saem carros com a plataforma CMP: Porto Real. A planta, vale falar, recebeu R$ 3 bilhões em investimentos, que deverão atender o período entre 2025 e 2030. 

Renegade e Avenger – Foto: Jeep/divulgação

Apesar de musculoso e parecer grandinho, o Avenger é do porte de Fiat Pulse, VW Tera, Renault Kardian e afins. É o menor carro da história da Jeep, com menos de 4,10 m de comprimento, com cerca de 1,78 m de largura, 1,53 m de altura e entre-eixos um pouco maior que o de Peugeot 208 e Citroën C3: 2,56 m. Os 380 litros de capacidade do porta-malas ficam na média da categoria, e são maiores até que os 320 litros do irmão maior Renegade.    

Jeep Avenger – Foto: Jeep/divulgação

Motorização conhecida (no Brasil)

Assim como a plataforma é conhecida, a motorização do Avenger também será. Ainda que na Europa ele seja vendido em versões elétricas ou híbridas movidas por um 1.2 turbo, aqui no Brasil a aposta será mais modesta (e tradicional): 1.0 turboflex T200, família GSE T3, desenvolvido pela Fiat, associado ao câmbio automático CVT de sete marchas simuladas.    

Avenger
Jeep Avenger – Foto: Jeep/divulgação

Hoje, esse powertrain entrega 125/130 cv de potência com 20,4 mkgf de torque (gas/eta), e move desde Citroën C3 até Peugeot 2008, passando pelos Fiat Pulse e Fastback. Também é muito provável que, até sua estreia nacional, a tecnologia híbrida-leve já tenha se popularizado: ela é formada pela união do motor de arranque com alternador, criando um gerador elétrico que ajuda o motor a combustão a impulsionar o carro.    

Jeep Avenger – Foto: Divulgação

Já presente em algumas versões de Fiat Pulse e Fastback, o sistema rende 4 cv de potência e 1 mkgf de torque extras, e é alimentado por uma bateria de tração de íon-lítio. Essa bateria é recarregada pelo próprio motor 1.0 turboflex, ou pela energia recuperada em frenagens e desacelerações.   

Também não estão descartadas versões mais apimentadas, essas equipadas com o motor 1.3 turboflex de até 167 cv e 27,5 mkgf (etanol), nesse caso junto de uma transmissão automática convencional de seis velocidades. Na Europa, há ainda a opção da tração nas quatro rodas, que, dadas as preferências mercadológicas, não será prioridade por aqui.

Jeep Avenger – Foto: Jeep/divulgação

Avenger elétrico

E, sim, já existe um Avenger elétrico na Europa, o que pode adiantar, talvez, uma possível produção do modelo EV em terras nacionais. Trata-se do Avenger EV, que, em todos os mercados que é vendido, usa um motor elétrico dianteiro com especificações semelhantes aos do nosso atual Peugeot e-2008: cerca de 155 cv de potência, 26,5 mkgf de torque, e baterias de tração com 54 kWh. Segundo a Jeep, ele rende aproximadamente 400 km com uma carga pelo ciclo WLTP.    

Jeep Avenger – Foto: Jeep/Divulgação

Made in Brazil e Made in Poland

Para o consumidor europeu, o Avenger não é nenhuma novidade. O pequeno SUV, apresentado no final de 2022, teve sua produção iniciada em janeiro de 2023. Até hoje, só é produzido na fábrica de Tychy, na Polônia. Ou seja: é bastante provável que o Brasil seja sua segunda linha de produção, já que a planta polonesa atende todos os mercados Europeus, mais alguns outros países da América Latina.    

Linha de produção Jeep Avenger na Polônia – Foto: Jeep/divulgação

Preços do Jeep Avenger

Ainda é cedo para cravar sua etiqueta. Mas, dado o fato que ele ficará abaixo do Renegade, podemos esperar cifras parecidas com as dos rivais (Pulse, Kardian, Tera e afins). Leia-se: entre R$ 110 mil e R$ 150 mil, na cotação atual. Para isso, é bastante provável que o Renegade perca sua versão “basicona”, que hoje ronda os R$ 118 mil. Mas, calma: essas são mudanças previstas apenas para o ano que vem, e até lá bastante coisa pode mudar.