Quando o carro convence, vende de cara! Foi assim com o Honda HR-V e com o Jeep Renegade. Mas não foi assim com o Volkswagen Up nem com o Fiat Mobi, que ainda sofrem para conquistar mercado. Foi assim com a Fiat Toro, que chegou e dominou um belo quinhão das vendas de picapes. Mas não foi assim com o Toyota Etios, que só agora começa a ser reconhecido.

Como na Fórmula 1, categoria na qual alguns pilotos chegam e fazem sucesso imediatamente, enquanto outros se arrastam pela carreira ao longo dos anos, no mercado de carros alguns chegam e já vão dando o tom de suas presenças.

O caso atual é o do Jeep Compass. Ele chegou e vendeu muito, a ponto de surpreender executivos de algumas marcas concorrentes. Logo em seu primeiro mês completo de vendas, o Compass registrou 2.539 emplacamentos. Ficou atrás apenas do Honda HR-V (3.714), do Jeep Renegade (3.351) e do Renault Duster (3.351). E ultrapassou antigos ícones como Ford EcoSport e Toyota SW4, além do bem-nascido Nissan Kicks.

Mas isso não é tudo. Grande parte do sucesso comercial do trio Duster/EcoSport/Renegade deve-se às vendas diretas, feitas com grandes descontos, para as locadoras de veículos e outros frotistas. Para se ter uma ideia, dessa venda diferenciada vieram 1.907 dos 3.351 Duster, 1.272 dos 2.218 EcoSport e 1.123 dos 3.351 Renegade emplacados em novembro. Isso significa que o HR-V (237 vendas diretas) e o Compass (305) foram proporcionalmente os dois SUVs mais procurados pelos consumidores comuns, pessoas físicas.

Contando só as vendas para aquela brava gente que vai até a concessionária comprar um carro, o ranking de novembro teve a seguinte ordem e números: HR-V (3.477), Renegade (2.266), Compass (2.234), Kicks (1.356), EcoSport (946), SW4 (911) e Duster (795).

Tudo indica que o novo Jeep Compass seguirá nessa linha de sucesso nos próximos meses. Afinal, ele tem um visual atual, espaço interno adequado, porta-malas honesto, motores com boa potência e todos os atributos de um verdadeiro SUV contemporâneo, que deve ter capacidade off-road incontestável combinada com dirigibilidade e conforto de automóvel de passeio. E o principal: preços competitivos perante os rivais.

Comparando com alguns pilotos de Fórmula 1, o Compass está mais para Fittipaldi, Piquet e Senna do que para Barrichello, Massa e Alesi, que demoraram demais para emplacar.