06/05/2025 - 13:04
Alguns dias depois de ter suas fotos oficiais vazadas, o Jeep Compass de terceira geração chega oficialmente ao mercado europeu.
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Acumulando mais de 2,5 milhões de unidades vendidas pelo mundo desde a estreia da primeira geração, em 2006, o Compass também vai bem no Brasil, onde é vendido na sua segunda geração até hoje, somando mais de 500 mil unidades fabricadas no Pernambuco.

A terceira e inédita geração chega maior, com motorização eletrificada, espaço interno ampliado e nova identidade visual. Ela, de início, será produzida apenas na fábrica italiana de Melfi, com vendas exclusivamente no mercado europeu. Porém, como disse a própria Jeep, a presença da novidade em outros países do mundo “deve se expandir a partir daí”.
Novo estilo
Talvez como uma forma de homenagear a primeira geração do Compass, a Jeep adotou linhas mais retas, com quinas fechadas, nesse novo carro. A dianteira, que mostra duas versões de parachoques, traz as sete fendas mais baixas e largas. Capô e paralamas mais altos dão impressão de um carro maior e mais robusto. Nos faróis, dependendo da versão, é de série a tecnologia de facho matricial (LED Matrix).

Nas laterais, a linha de cintura elevada se junta ao estilo de teto flutuante bem definido. Além das janelas, maçanetas, caixas de rodas e apliques plásticos também estão mais retilíneos e “sérios”. Na parte traseira, lanternas interligadas por uma barra de LED, emblema “Jeep” iluminado e também um desenho mais reto, com direito a alguns ângulos fechados em partes do parachoque. A nova carroceria atinge bom coeficiente de arrasto aerodinâmico, inferior a 0,30.

Na cabine, há bancos maiores e com abas laterais mais generosas, um largo e elevado console central, e, no painel, um estilo que lembra o do atual Grand Cherokee, com painel de instrumentos digital de 10”, multimídia de 16” destacada no centro, saídas de ar afinadas e até um generoso porta-trecos na frente do banco do passageiro. Pela primeira vez, o SUV médio ganha head-up display.

Plataforma de Peugeot-Citroën
Em substituição a plataforma SWP 4×4 atual (sigla para “Small Wide Platform”), chega nessa nova geração do Compass a base modular STLA Medium. Na realidade, essa é uma evolução da EMP, modular da Peugeot/Citroën, uma “troca” que só foi possível com a junção de todas as marcas em questão no grupo Stellantis. A STLA Medium já está presente nas atuais gerações de Peugeot 3008 e 5008, além do Citroën C5 Aircross.

Por conta da mudança de plataforma, o SUV médio da Jeep cresceu, chegando a 4,55 m de comprimento (15 cm maior), 1,90 m de largura (mais 8,5 cm) e 1,67 m de altura (4 cm extras). A fabricante de origem norte-americana ainda destacou o espaço interno superior, especialmente no banco traseiro, já que a distância entre-eixos foi ampliada em 13 cm, chegando a 2,77 m. Segundo a Jeep, são 5,5 cm extras de espaço para quem viaja na segunda fileira.

Outro que aumentou consideravelmente foi o porta-malas, agora com 550 litros. No caso das versões 100% elétricas, ainda há um inédito compartimento dianteiro, debaixo do capô, com outros 34 litros.
Só eletrificado
A marca também repensou por completo a motorização e, em partes, a mecânica do Novo Compass. No mercado europeu, agora só existem três tipos de motorização: híbrida-leve de 48 Volts, híbrida plug-in e 100% elétrica, sem espaço para versões apenas a combustão, e muito menos movidas a diesel. Essa escolha, claro, poderá ser (bem) diferente em outros países mundo afora.

A primeira configuração, híbrida-leve de 48 Volts, traz um motor 1.2 turbo de três cilindros, associado a um propulsor elétrico dianteiro, que é alimentado por um conjunto de baterias pequenas, com não mais que 1 kWh de capacidade. No total, são 145 cv de potência, e a fabricante promete mais de 900 km de autonomia.
O powertrain seguinte, híbrido plug-in, soma 195 cv entre combustão e eletricidade. Suas baterias de tração têm cerca de 19 kWh, e o alcance combinado vai além dos 850 km. Os híbridos leves e plug-ins trazem transmissão automatizada de dupla embreagem, e a tração é sempre dianteira.

As versões totalmente elétricas ganharam mais atenção da Jeep. São três configurações: 213 cv de potência com tração dianteira, cerca de 235 cv com tração dianteira e até uma poderosa com 375 cv e tração integral permanente. A mais simples traz bateria de 74 kWh e atinge aproximadamente 500 km de autonomia, enquanto as mais poderosas, com 97 kWh, podem chegar nos 650 km de alcance.
Novas calibrações
Há novas calibrações no sistema de suspensões independentes nas quatro rodas, além de outras barras estabilizadoras. Para as versões com tração dianteira, são 20 cm de altura do solo, 20º de ângulo de ataque e 26º de ângulo de saída (nesse caso, um pouco menor que o da geração atual). Na configuração elétrica com tração integral, mais adepta ao off-road, são 27º no ataque, 31º na saída e maior vão livre do solo (não especificado pela marca). Nesse caso, ainda há o controle eletrônico de descidas como equipamento de série.

Quando vem ao Brasil?
Parte dos últimos investimentos de R$ 13 bilhões da Stellantis para a América Latina deve ser concentrada na fábrica da Jeep em Goiana (PE), onde é fabricado o Compass e outros carros da marca. O objetivo, provavelmente, será adequar a planta para produzir modelos sobre a nova plataforma STLA Medium, além de caminhar com a nacionalização da terceira geração do Compass. Algo que deve ocorrer somente entre o final de 2026 e início de 2027.