Antes de passar por uma renovação estética, no ano passado, o hatch compacto JAC J3 havia ganhado uma versão chamada de esportiva, o J3 S, que utilizava o motor de maior cilindrada e potência do irmão maior, o J5. Trocando o motor 1.3 (1332 cm3) de 108 cv a 6.000 rpm pelo 1.5 (1499 cm3) de 127 cv à mesma rotação, o chamado J3 Sport passava a ter, também, a tecnologia bicombustível Jet Flex, que, no lugar do injetor de gasolina para partidas frias com o carro abastecido de etanol, tem um aquecedor de bicos injetores para auxiliar na partida com esse combustível. Ou seja, eliminou o tanquinho auxiliar de gasolina.

Agora, já com a linha reestilizada, o JAC J3 volta a ter o motor 1.5 Jet Flex, dessa vez equipando também o sedã Turin, que até agora só estava disponível com o motor 1.3 a gasolina. São os novos JAC J3S 1.5 Jet Flex e J3 Turin S 1.5 Jet Flex. De acordo com Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, os motores dotados da tecnologia bicombustível Jet Flex vão equipar, paulatinamente, toda a família de veículos da marca a partir deste ano. A linha J3 passa a ter quatro versões, hatch e Turin 1.3 a gasolina e hatch e Turin 1.5 Jet Flex.

As novidades visuais do JAC J3 já eram conhecidas desde a reestilização, como os novos faróis e a grade dianteira e o novo painel de instrumentos com iluminação vermelha – mais bonito e de leitura mais fácil. Ainda seguindo o apelo esportivo que o motor mais potente sugere, o JAC J3 S Jet Flex, tanto o hatch quanto o sedã Turin, tem a costura dos bancos e do volante feita com linha vermelha. O acabamento interno, de uma forma geral, melhorou.

O destaque do carro, no entanto, é o motor 1.5 VVT, que fornece potência de 127 cv a 6.000 rpm (125 cv com gasolina) e torque máximo de 15,7 kgfm a 4.000 rpm (15,5 kgfm com gasolina). Isso, é claro, comparado com o motor 1.3, de 108 cv, que deixava o carro “manco”. E ainda deixa, pois a versão continua existindo. 

O comando de abertura variável (VVT) permite que se tenha mais potência sem ter de sacrificar o torque em baixas rotações. O sistema favorece também o menor consumo de combustível em baixas rotações. Para se tornar bicombustível e resistir à ação oxidante da água presente no etanol, o motor do J3 S teve alguns componentes substituídos em relação ao motor 1.5 genuíno (termo utilizado pela própria JAC). E o sistema Jet Flex, que consiste em bicos injetores maiores para poderem acomodar os circuitos elétricos de aquecimento do etanol, foi desenvolvido em parceria com a Delphi.

O melhor desempenho desse motor pode ser facilmente notado ao dirigir o modelo, principalmente no hatch, que é 40 quilos mais leve que o sedã Turin. O motor VVT acelera firmemente até altas rotações, quando começa a ficar um pouco barulhento. As cinco marchas do câmbio manual estão adequadamente escalonadas. No geral, o carro é bom, exceto em algumas situações, quando a direção fica muito leve, passando muito das irregularidades do piso, ou quando as macias suspensões permitem rolagem excessiva em curvas. O carro é bem equipado, com ar-condicionado, sistema de áudio com MP3 e comandos no volante, sensor traseiro de estacionamento, alarme, chave tipo canivete com abertura remota das portas e rodas de liga leve de 15 polegadas.

O JAC J3 S 1.5 Jet Flex tem preço sugerido de R$ 39.990, enquanto o sedã J3 Turin S 1.5 Jet Flex sai por R$ 41.690. O único equipamento opcional é a central multimídia, que pode ser instalada no lugar do rádio, por um acréscimo de R$ 1.000 no preço.