As evoluções do Gol se estenderam à sua versão sedã – mas, aqui, a traseira chama mais a atenção, e as lanternas lembram as do Fiat Grand Siena. Um olhar mais atento revela que, na verdade, os designers tentaram dar ao Voyage um “quê” de mini-Jetta. A capacidade do porta-malas não foi alterada, mas ele ganhou gancho para sacolas e uma espécie de caixa fechada, opcional, que serve tanto para elevar o assoalho quanto para acomodar bagagens mais delicadas.

A principal alteração visual do Voyage ocorreu na traseira, que ganhou novas lanternas, mais parecidas com as do irmão maior Jetta. Acima, o modelo antigo para comparação

Os motores são os mesmos do hatch, mas por conta da melhor aerodinâmica, o sedã tem desempenho levemente superior. Como mostrado nas páginas anteriores, na configuração 1.6 não houve grandes alterações (elas se concentraram na diminuição de atrito e em uma nova unidade de controle); já no propulsor 1.0 – agora com sobrenome TEC – foram feitas mudanças mais profundas em prol de uma melhor dirigibilidade com maior economia. Além da redução do atrito e da adoção de uma ECU mais moderna, a marca trocou o coletor de admissão e mudou os bicos injetores, para uma queima mais e ciente. Ainda para melhorar a combustão, adotou-se quatro bobinas montadas sobre as velas, eliminando os cabos e aumentando a energia da centelha. A unidade menor recebeu ainda um novo sistema de partida a frio com quatro bicos injetores. Essas alterações trouxeram 4% de economia e, apesar de a potência e o torque máximo continuarem iguais, a curva foi alterada, com ganho de força nas baixas rotações, até os 3.000 giros.

Quem quiser gastar ainda menos com combustível pode optar pelo pacote Bluemotion Technology, que garante outros 4% de economia. Apesar do nome, não se trata de uma versão com tantas mudanças aerodinâmicas e mecânicas como as Bluemotion do Fox e do Polo.

Na versão básica, o comando dos faróis segue na alavanca. As demais mudanças internas são as mesmas do Gol. Abaixo, a nova alavanca do câmbio

Nos novos Gol e Voyage, quem pagar os R$ 324 desse “opcional ecológico” leva só pneus 175/60 R14 com baixa resistência a rolagem, mostrador de consumo instantâneo e indicador do momento ideal para troca de marcha. Se tiver o i-System, outro opcional, poderá receber dicas no painel sobre como dirigir economicamente, como “ar-condicionado ligado, fechar janelas”. Com todas essas medidas, o Voyage passou a fazer média de 12,8 km/l com gasolina e 8,7 km/l com etanol – é importante lembrar que esse consumo está bem próximo do que será obtido pelo consumidor. É que, desde abril, todas as marcas que quiserem divulgar o consumo precisam fazê-lo adotando o redutor do Inmetro sobre o número auferido pela norma, um procedimento já utilizado por MOTOR SHOW desde 2010 e indicado na cha técnica como consumo real.

Os preços do Novo Voyage – que tem basicamente os mesmos itens de série do Gol – parte de R$ 29.990 para a versão 1.0 e chegam a R$ 43.490 na versão Comfortline I-Motion, sem opcionais.

O “porta-malas elevado” é um opcional que, além de subir o assoalho, cria um compartimento semiescondido para itens mais frágeis. Essa caixa pode ser retirada e guardada em casa; sob ela, o estepe