14/10/2024 - 14:20
Liam Lawson esteve no cockpit da Fórmula 1 por cinco oportunidades em 2023. Na ocasião, era substituto de um lesionado Daniel Ricciardo. Neste fim de semana, no GP da Austrália, o jovem neozelandês de 22 anos estreia como piloto oficial da RB após o anúncio da saída do experiente australiano e não esconde a preocupação.
O jovem admite que há uma “montanha a escalar” em seu retorno à Fórmula 1. Em sua visão, ir direto para um fim de semana de corrida sprint em Austin pode ser particularmente desafiador. Mesmo impressionando na temporada passada, o piloto admite que a pressão é maior agora que foi oficializado na equipe RB.
+ Após pausa da Fórmula 1, veja quando as corridas da modalidade voltarão e o que esperar
+ Toyota retorna à Fórmula 1 em parceria com a equipe Haas
Serão seis corridas até o fim do ano, a começar pela prova no Circuito das Américas, onde pilotará pela primeira vez. “(O trabalho no simulador) ajuda. Acho que, potencialmente, mas é sempre um grande salto (ir às pistas). E vai ser difícil pular. Austin eu também nunca fiz antes, então, mesmo que eu tenha feito muito trabalho de simulação, vai ser um grande desafio”, admitiu, em entrevista à rádio Newstalk ZB, da Nova Zelândia. “Eu diria que estou mais bem preparado, definitivamente mais preparado este ano do que estava no ano passado.”
O neozelandês não esconde, contudo, que entrará em desvantagem para as provas em relação à concorrência. “Ao mesmo tempo, estamos um pouco mais tarde na temporada este ano, e como eu disse, esses caras fizeram três quartos de uma temporada. Obviamente, tenho treinado como um louco o ano todo para tentar estar pronto para algo assim, mas mesmo os poucos testes que fiz este ano, não há nada como estar em forma para a corrida e vai ser desafiador em Austin.”
O garoto não esconde que terá de “aprender o circuito” de Austin já na corrida sprint, o que deve dificultar suas ações. Ele era da Fórmula 2, mas não conhece muitos dos circuitos que terá pela frente nesta reta final de ano.
“(Só tenho experiência) nas pistas que fiz no ano passado, então as que não fiz foram Austin, Las Vegas, Brasil…”, explicou. “Felizmente, fiz uma sessão de treino livre no México uma vez. Ainda vai ser desafiador, mas pelo menos eu dirigi na pista. O mesmo com Abu Dabi, eu o dirigi na Fórmula 1, fiz uma sessão de treino livre lá na Red Bull. Serão apenas aquelas pistas que eu não fiz.”
Sobre a concentração e a parte mental, garante estar pronto. Assim como a visibilidade e a atenção que receberá de agora em diante. “Felizmente tive um pouco de experiência com isso no ano passado, então estou mais bem preparado. É provavelmente a única coisa que nós, pilotos, realmente não fazemos. Não há uma preparação real para isso, é algo em que você é meio que jogado.”
A expectativa de Lawson não é de apenas ser um figurante nesta reta final de temporada, mas já começar surpreendendo. “Obviamente é uma jornada enorme e, para mim, é isso que eu sonhava em fazer desde que era criança. Agora temos outra montanha para escalar entrando na temporada e, esperançosamente, pilotando no ano que vem também. Espero que este seja o começo da Fórmula 1 para mim, mas eu só quero agradecer a todos, porque eu aprecio muito isso.”