10/07/2025 - 16:25
A Volkswagen foi a primeira fabricante a anunciar sua estratégia para o Programa Carro Sustentável, decretado nesta quinta-feira (10) pelo Governo Federal e que isenta de cobrança de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) veículos compactos, bicombustíveis e nacionais.
“A Volkswagen aplica o IPI zero e os novos preços para os modelos elegíveis, em todas as suas 471 concessionárias do Brasil, com os novos valores já em vigor”, anunciou a marca em comunicado divulgado após a assinatura do decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por ora, os modelos elegíveis são as versões Track, Robust e TSI do Polo, líder de vendas entre os carros de passeio. De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o hatch fechou o primeiro semestre de 2025 com 57.216 emplacamentos, seguido por VW T-Cross (44.529) e Fiat Argo (44.466).
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No ranking geral, considerando-se também os comerciais leves, o Polo é o segundo colocado e a picape compacta Fiat Strada, que teve 62.697 unidades vendidas no período, o primeiro.
Com a isenção do IPI, o Polo Track, por exemplo, foi de R$ 95.790 para R$ 87.845. Para ter direito ao IPI zero, o carro sustentável deve atender a quatro requisitos: emitir menos de 83g de CO₂ por quilômetro; conter mais de 80% de materiais recicláveis; ser fabricado no Brasil (com etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem no país); e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto.
Contudo, além das versões elegíveis do Polo, a marca estenderá e dobrará a isenção do IPI para outros modelos, como Saveiro Robust CS (de R$ 109.490 por R$ 88.687), Polo Highline (de R$ 131.650 por R$ 120.240), Virtus Highline (de R$ 155.490 por R$ 144.080), T-Cross 200 TSI (de R$ 154.990 por R$ 144.854) e Nivus Highline (de R$ 163.290 por R$ 146.490).
A regulamentação do Programa Carro Sustentável vale a partir da próxima sexta-feira (11) e segue até 31 de dezembro de 2026.
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin explica que “o decreto estimula a cadeia automotiva a ser cada vez mais inovadora e sustentável, ao mesmo tempo em que gera empregos e facilita o acesso da população a carros novos, menos poluentes, mais seguros e mais econômicos”.