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Feito na plataforma do sedã 530 já vendido no Brasil, o hatch aventureiro X50 será concorrente direto de modelos como o Renault Sandero Stepway (principal rival), o Hyundai HB20X e o VW CrossFox, além de acabar sendo também um competidor indireto do conterrâneo JAC T5, recém-lançado em nosso mercado – mas que se diferencia por ser maior e mais crossover do que hatch. Deles, o que tem porte mais similar ao do X50 é o Stepway: o chinês tem 4,10 m de comprimento (3,3 cm a mais) e 2,55 m de entreixos (4 cm a menos).

A marca prefere chamar o modelo de SUV, mas na verdade ele é um hatch aventureiro (ou no máximo um crossover). Se depender do visual, tem potencial para ser um sucesso. O design é moderno e belo, além de original. No interior, aposta em uma lista de equipamentos completa, como em seus outros modelos,  e um painel de instrumentos moderninho, com velocímetro digital dentro do conta-giros central. Materiais e detalhes de acabamento, no entanto, ainda precisam ser aprimorados para eliminar rebarbas e peças mal encaixadas. A marca afirma que está trabalhando constantemente nisso.

Na mecânica, o X50 tem mesmo motor 1.5 a gasolina do sedã 530 já vendido no Brasil, com 103 cv e 13,9 kgfm. Fica devendo um pouco de potência aos concorrentes (o 1.6 do Stepway tem 106 cv, o 1.6 do CrossFox tem 120 cv e o 1.5 do T5, 127 cv), mas tem bloco em alumínio, comando variável e já atende às normas de emissões europeias (Euro 5). A velocidade máxima declarada é de 170 km/h, a prova de 0-100 km/h leva 11 segundos e o consumo médio, segundo os padrões de testes chineses, é de otimistas 15,8 km/l. Primeiro chega a versão com câmbio manual de cinco marchas, para ver como o mercado aceita o modelo. Se os resultados forem bons, aí a marca trará também a versão CVT.

As suspensões são MacPherson na dianteira e de eixo de torção na traseira, como nos principais concorrentes, enquanto os freios são a disco nas quatro rodas. A boa altura livre do solo, de 20,6 cm, é adequada para encarar tanto valetas e lombadas como eventuais estradinhas de terra – dentro da proposta do segmento, com modelos de tração dianteira para o off-road light.

A expectativa da marca é ambiciosa: vender de 500 a 1.000 unidades mensais, mais que o dobro do que emplaca hoje do X60, seu crossover/SUV maior e modelo chinês mais vendido do Brasil no ano passado. Para isso, o preço terá que ser atraente. O plano inicial era entrar na faixa de R$ 50.000, mas com a alta do dólar o esforço agora é para tentar segurar esse valor, para que consiga ficar competitivo ante os R$ 56.200 do Stepway, os R$ 66.850 do CrossFox, os R$ 56.945 do HB20X e os  atraentes R$ 59.990 do T5 – talvez a maior pedra no seu sapato, por também ser chinês, mas oferecer maiores porte e potência.