De uma maneira geral, as pessoas não associam uma coisa à outra. Mas elas estão intrinsecamente ligadas. O óleo que lubrifica o motor do seu carro pode sim auxiliar na redução do consumo de combustível. Vamos explicar. Você sabe que o lubrificante do motor tem uma viscosidade, que a grosso modo pode ser traduzida como facilidade ou dificuldade de escoar, dependendo da temperatura em que se encontra. Quanto mais quente mais “fino’ e quanto mais frio mais “grosso” fica o óleo.

No manual do proprietário de cada carro está especificada a viscosidade recomendado para aquele motor. Você consegue entender que, se utilizar um óleo de viscosidade mais alta que a recomendada pelo fabricante, mais esforço vai requerer do motor para que o óleo atinja todas as partes a serem lubrificadas.

Além de dificultar a lubrificação, aumentando o desgaste, você exigirá mais do motor para manter esse óleo mais grosso em circulação. É claro que isso acarretará um aumento no consumo de combustível. Pequeno, é claro, mais ele acontecerá. O mais serio, neste caso, é que você estará lubrificando mal o motor, o que resultará uma redução de sua vida útil. Isso acontecerá, principalmente, nas partidas a frio, no transito, e sempre que o motor for muito exigido em baixas rotações.

Em contrapartida, se você optar por um óleo mais “fino”, ou seja, de viscosidade inferior
àquela recomendada pelo fabricante do seu veiculo, objetivando a redução dos esforços e a consequente redução no consumo, poderá estar correndo outro risco: a baixa pressão do lubrificante na linha que conduz o óleo as peças móveis ser insuficiente, podendo, até mesmo, acarretar na falta de lubrificação nas partes altas do motor.

Ficou claro que o grande lance é utilizar exatamente o lubrificante recomendado pelo fabricante do motor? Sem sustos e nem riscos. Dá para melhorar? É possível sim. E vamos explicar como.

O mercado de lubrificantes evoluiu muito nas ultimas décadas. O surgimento comercial de óleos 100% sintéticos, desenvolvidos sem a utilização de óleos minerais em sua composição, criaram lubrificantes absolutamente estáveis e homogêneos nas mais variadas gamas de temperaturas, mantendo o motor com sua lubrificação máxima, com o mínimo esforço para girar. Óleos de primeiríssima linha, dignos de carros de competição, que se moldam as exigências do motor. Suas desvantagens? O altíssimo preço pelo qual essas verdadeiras maravilhas tecnológicas são vendidos. Em contrapartida, garantem longevidade e confiabilidade ao motor por muitos e muitos anos.

Existem outros segredos? Quando o assunto é lubrificação, os segredos não param. Se o motor do seu carro já está desgastado pelo tempo e pelo uso, já está ruidoso pelos grandes aumentos das folgas internas, há um paliativo. São aqueles aditivos que reduzem as folgas e consequentemente o ruído de funcionamento. Estou falando desses aditivos como Bardhal Prolonga, STP ou Wynn’s, que se assemelham ao mel tamanha é a sua viscosidade. Eles acalmam a maioria dos ruídos internos de um motor cansado.

Há também os aditivos que reduzem os atritos internos do motor, como Molycote, Militec e outros a base de teflon. Esses reduzem os atritos internos, melhorando a performance e a durabilidade dos motores. Como a uma redução no atrito interno, sente-se até mesmo uma ligeira melhora no desempenho do carro. Para quem é preciosista com a lubrificação do seu carro, uma boa dica que eu particularmente uso e atesto bons resultados.