A Copa das Confederações é uma espécie de aquecimento para a Copa do Mundo. O torneio organizado pela Fifa será realizado este ano no Brasil, país-sede dos jogos em 2014. O campeonato está marcado para a segunda quinzena de junho e os estados-sede correm com os ajustes finais. O Rio de Janeiro é um deles. Além das obras no estádio do Maracanã, investimentos em infraestrutura e segurança pretendem encher os olhos do mundo e mostrar que a região tem capacidade para receber a Copa e, principalmente, a Olimpíada de 2016. Mas há um outro setor que, mesmo sob menos holofotes, está aumentando significativamente na região: o da produção de veículos. A previsão de investimentos é de R$ 6,1 bilhões, com geração de mais de cinco mil empregos.

A PSA Peugeot-Citroën, que mantém uma unidade de produção em Porto Real desde 2001, vem modernizando suas instalações. Para o lançamento do 208 no Brasil,o complexo industrial passou por obras e aumentou sua capacidade de 150 mil para 220 mil unidades por ano. A MAN, fabricante de caminhões e ônibus situada em Resende, é outra que pretende ampliar sua capacidade de produção, assim como a Michelin e a Hyundai Heavy Industries, ambas no município de Itatiaia.

Já a aliança Renault-Nissan está investindo R$ 2,6 bilhões na região para a construção de seu polo, também em Resende. É possível que a Mercedes, parceira do grupo, passe a usar esse mesmo parque industrial para a fabricação de novos veículos no País. E há pouco mais de um mês, o governador Sérgio Cabral anunciou a criação de um grupo para estudar a viabilidade de uma fábrica de veículos elétricos no Rio. Os trabalhos serão realizados pela Nissan, Petrobras Distribuidora, Ampla, Light e Rio Negócios, representando a prefeitura do Rio e o governo do Estado. Considerando a quantidade de fornecedores que todas essas empresas vão atrair para a região, o estado deve, em breve, se tornar um dos maiores polos de produção de veículos do País.