Peugeot 2008 terá a opção do motor turbo, mas, inicialmente, não deve receber tração nas quatro rodas

A primeira geração do EcoSport reinou sozinha por anos. Não faltaram desa antes de olho no mesmo consumidor – fã de carros com posição de dirigir elevada e visual aventureiro, mas não disposto a pagar caro por um SUV. Palio Weekend Adventure, CrossFox, Sandero Stepway, Aircross e Duster… Alguns até conseguiram conquistar boas fatias do mercado, mas, entre todos estes, apenas o Duster tem a mesma concepção do Eco: apesar de ser construído sobre a plataforma de um hatch, ele é de fato um SUV, considerando as formas de sua carroceria. Mas agora, a segunda geração do EcoSport, que chega no segundo semestre, enfrentará outros oponentes.

Além do Chevrolet Trax, que será lançado no Salão de Paris, em setembro – mostrado na edição passada –, a francesa Peugeot também prepara seu SUV compacto: o 2008. Enquanto o Chevrolet é baseado no Sonic, o Peugeot deriva do pequeno 208, que será fabricado em Porto Real (RJ).

Enquanto o hatch estará no Salão do Automóvel (São Paulo) já neste ano, e sairá das linhas de montagem em janeiro do ano que vem, o 2008 deverá ser apresentado na mesma mostra ainda como conceito (o mesmo exibido no Salão de Pequim e que mostramos na edição passada) e deverá ser produzido aqui alguns meses depois. Sua missão, além de enfrentar o Eco, é substituir, de uma só vez, as versões SW (inclusive Escapade) e coupé-cabriolet.

A motorização do SUV será a mesma do 208 hatch nacional, com exceção do motor 1.4, que é fraco demais para ele. Ou seja, teremos uma opção com o novo 1.6 Flex Start do 308 (122 cv), que dispensa o tanquinho de gasolina para partidas a frio, e uma opção com o excelente 1.6 THP (turbo com injeção direta), que já equipa o 3008 e o 408, além do Citroën DS3 e do Mini Cooper S, e pode ser associado a transmissões automática ou manual, ambas de seis marchas.

E a tração 4×4? Embora saibamos que é totalmente dispensável para o consumidor, ela é ótima para a imagem aventureira do modelo. São três as possibilidades, mas todas pouco prováveis para o mercado nacional (devem vingar só na Europa). Primeiro, usar um sistema da Mitsubishi, que tem uma parceria com a PSA em modelos 4×4 (ASX, Outlander, 4008 e Citroën C4 Aircross são basicamente o mesmo carro). Segundo, usar um sistema da Chevrolet, aproveitando a recém-formada aliança entre as marcas. Terceiro, usar o sistema HYbrid4, com motor elétrico ligado somente às rodas traseiras. Esta possibilidade é ainda mais improvável, pois é cara demais. Mas seria interessante por ser a primeira opção híbrida no segmento….