O Audi A1 é um sucesso de vendas que surpreendeu até mesmo a matriz na Alemanha. No primeiro ano cheio de comercialização, foram emplacadas nada menos que 118.175 unidades do compacto em todo o mundo. No Brasil, entretanto, as vendas estão abaixo do esperado. A média mensal, na casa das 200 unidades em 2011, caiu para 120 neste ano. Apesar de toda a confusão causada pelo aumento do IPI para os importados e a chegada de novos concorrentes, talvez o maior motivo do pouco sucesso esteja na carroceria, já que o brasileiro prefere modelos quatro portas. E é justamente essa a grande novidade deste A1 Sportback, que agora desembarca no Brasil. Com ele, a Audi espera dobrar as vendas do modelo.

MOTOR SHOW esteve em Bruxelas, a bela capital belga, para conhecer a fábrica que hoje produz todos os A1 vendidos no mundo. Tivemos a oportunidade de conhecer a linha de produção do Sportback e ainda demos algumas voltas na pista de testes da empresa, onde o compacto mostrou-se muito esperto nas acelerações, com um excelente comportamento dinâmico nas curvas, por mais fechadas que fossem.

Na Europa, a novidade foi lançada com sete opções de motor, entre diesel e gasolina. Aqui no Brasil, chega com o motor 1.4 TFSI com duas opções de calibração: 122 cv ou 185 cv. A primeira é a mesma do A1 duas portas, que já é vendido aqui; a segunda estreia no Sportback, mas será oferecida a partir deste mês também no novo A1 Sport, opção mais apimentada com a carroceria de duas portas. Além disso, o Brasil ainda terá duas exclusivíssimas unidades do A1 Quattro, uma série limitada a 333 carros em todo o mundo. Com motor 2.0 TFSI de 256 cv, ele acelera de zero a 100 km/h em 5,7 segundos, tem tração integral permanente e transmissão manual de seis marchas – o pequeno esportivo tem mais de 600 componentes novos ou modificados em relação à versão de série.

O porta-malas está dentro da média dos compactos nacionais; o banco traseiro é bipartido e rebatível, aumentando o espaço de bagagem para 920 litros

No interior, o A1 Sportback é quase que exatamente igual à versão duas portas, com o painel de instrumentos que se assemelha a uma asa de avião e as saídas de ar redondas inspiradas em motores a jato. O console central é ligeiramente inclinado na direção do motorista e tem semelhanças com a traseira de um veleiro.

A tecnologia embarcada no A1 também está presente no Sportback, é claro. O monitor do sistema multimídia MMI se dobra para fora do painel de instrumentos e exibe gráficos tridimensionais em alta resolução. O som é um Bose de 465 W de potência e o modelo também é capaz de se conectar à rede 3G e se transformar num ponto de internet sem fio para os ocupantes do carro (um recurso cada dia mais comum nos modelos das marcas de luxo).

Na versão S-Line, o motor mais potente é acompanhado de bancos ainda mais esportivos. Atrás, o assento acomoda só duas pessoas, separadas uma da outra por um porta-copos

Os motores são sempre compactos como o carro, seguindo a onda do downsizing: com turbo e injeção direta, garantem ótimo desempenho ao mesmo tempo em que consomem menos combustível e poluem menos. Nos modelos testados na Europa, os propulsores estão equipados com o sistema start-stop e o câmbio de sete velocidades S-tronic. O motorista pode deixar o câmbio mudar automaticamente as marchas ou fazer as trocas manuais na alavanca ou usando as borboletas no volante. As rodas variam de 15 até 17 polegadas de diâmetro.

A tela multimídia central é retrátil. Abaixo, a borboleta junto ao volante para trocas de marchas manuais

O preço do A1 Sportback, na Europa, parte de ? 16.950 na versão mais básica, chegando a ? 25.970 na versão S-Line que você confere nas fotos. O mercado brasileiro deve receber apenas as versões mais completas e, apesar de a Audi ainda não confirmar os preços, eles devem partir dos R$ 100 mil para a versão de 122 cv e beirar os R$ 110 mil em sua opção mais potente. Além disso, como já ocorre com o A1 duas portas, a lista de opcionais deve ser ampla, tornando o carro ainda mais luxuoso.