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Nosso planeta tem 28 megacidades com mais de 10 milhões de habitantes e esse número subirá para 41 já em 2020. Diante desse panorama, a GM vê o mundo dividido em dois tipos de consumidores de carros: o dessas megacidades, onde o trânsito é caótico, e o das outras. Segundo Santiago Chamorro, vice-presidente de Experiência Global do Consumidor Conectado da General Motors, as pessoas buscam mais propostas de transporte, sustentabilidade e qualidade de vida. “Estradas são necessárias, como há 20 anos, mas já não resolvem os problemas”, comenta Chamorro. “O novo consumidor quer tudo conectado em suas próprias mãos.”

Baseada nisso, a GM buscou respostas “rápidas e flexíveis” em quatro itens: conectividade, eletrificação, compartilhamento e autônomos. Com relação à conectividade, a resposta está no sistema OnStar, que presta auxílio remoto em tempo real ao motorista. Para a eletrificação, a resposta é o Chevrolet Bolt EV. Para a questão dos carros autônomos, o próprio Bolt tem uma frota de 50 veículos operando de forma semi-autônoma em San Francisco, Detroit e Scotsdale. Mas a grande sensação dessa nova visão de futuro da GM é o Maven, um sistema de compartilhamento de carros que já possui 20.000 clientes em 17 cidades dos Estados Unidos. Sozinha, a GM detém mais de 50% de todo o mercado de compartilhamento de veículos do mundo.

Rachel Bhattacharya, diretora de Mobilidade Comercial, Estratégia, Mobilidade Urbana e Maven da GM, diz o que o Maven representa uma resposta para três pontos: 1) demanda do transporte como serviço; 2) crescimento da população urbana; 3) smartphone primeiro. Atenta à transformação do mundo, que já afeta a indústria automobilística, a GM tem foco total na chamada Geração Y (também chamada de “millenial”, pessoas nascidas a partir do início dos anos 1980). Esse público representa 79% dos clientes do Maven. Em fase de testes no Brasil, somente para funcionários da General Motors, o Maven é um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente pelo smartphone por qualquer pessoa que queira dirigir um carro de forma compartilhada nos Estados Unidos.

O Maven Home atende exclusivamente 8.000 pessoas que vivem em residências premium de San Francisco e Washington. Já o Maven City atende 14 cidades e permite viagens de 14 horas entre cidades de 120 km de distância. Entre elas estão Chicago, Atlanta, Detroit, Los Angeles, Boston, Nova York, Orlando, São Francisco e Washington. O custo é de US$ 8 por hora. Não é preciso pagar pela reserva – basta cadastrar a carteira de motorista e um cartão de crédito. Existem centenas de locais para retirada e entrega dos carros (os preferidos são os Chevrolet Bolt e Tahoe). Na reserva o membro do Maven diz quanto tempo ficará com o carro e não precisa se preocupar com abastecimento, pois há um cartão no carro para isso (a conta vem depois).

Outro programa é o Maven Gig, usado para entrega de comida perecível nos finais de semana. Segundo Rachel Bhattacharya, só o Bolt EV foi utilizado 2.755 vezes por membros do Maven nas cidades de Los Angeles, San Diego e San Francisco. E a preferência pelo carro elétrico representou a poupança de 8.000 galões de gasolina (mais de 30.000 litros). Fora o trânsito que economizou, por não colocar tantos automóveis na rua. Desde que o Maven começou, o deslocamento de seus veículos seria suficiente para dar 5.244 voltas ao redor do planeta.