Lembro do Mazda MX-5 Miata com nostalgia. Esse roadster foi um dos meus sonhos de consumo na adolescência. Ficava horas imaginando como seria dirigi-lo. E, agora, nalmente, tive a oportunidade de avaliar um exemplar 2010/2011 cedido pela loja V8 Sport Cars, do bairro de Moema, em São Paulo. Como anunciamos na última edição de MOTOR SHOW, a marca nipônica voltará para o mercado nacional em 2012, inicialmente com os modelos 2 e 3. O Miata, assim como os demais modelos da fabricante, devem car para mais tarde. Assim, quem quiser esse símbolo cult dos anos 90 na garagem ainda terá que recorrer à importação independente.

Para entrar no Miata é necessário um pouco de ginástica por causa de sua altura reduzida em relação ao solo. A posição de dirigir é digna dos esportivos. O volante tem ótima empunhadura e os bancos, revestidos em couro (com seis ajustes para o motorista e quatro para o passageiro), cooperam para a ergonomia. Além disso, o MX-5 ainda oferece mimos como o ar-condicionado e um sistema de áudio composto por CD com MP3, seis alto-falantes e conectividade bluetooth. Mas, por enquanto, nada de música.

Estamos em um conversível: é hora de baixar a capota e curtir a tarde ensolarada. Para isso, basta soltar a trava de segurança e pressionar um botão localizado no painel. São necessários cinco segundos para o sistema recolher o teto rígido para um compartimento especí co. Desse modo, não se perde espaço no porta-malas que, diga-se de passagem, já é bem pequeno.

O teto rígido, quando aberto, fica acomodado em um compartimento atrás dos bancos. Dessa forma, ele não rouba espaço do, já limitado, porta-malas. O modelo também é uma versão roadster, com teto de lona

Ao dar a partida, o motor 2.0 16V produz um ronco agradável. São 158 cv de potência a 7.000 rpm (versão avaliada) ou 167 cv a 6.700 rpm quando equipado com câmbio manual de cinco marchas. O pequeno roadster é invocado. Não só pelo desenho que remete claramente aos antigos Miata, mas também pelo seu comportamento. Ao volante as respostas são rápidas e a transmissão automática passa agilmente as seis marchas. As suspensões independentes nas quatro rodas podem sofrer com as condições do nosso piso. No entanto, a calibragem rme coopera para a estabilidade durante uma pilotagem mais esportiva. Aliás, ele também não descuida da segurança e traz freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, monitoramento da pressão dos pneus e controle de estabilidade e tração.

O acabamento é bem japonês: correto, mas sem grandes luxos. O câmbio é eficiente, mas trocas sequenciais seriam bem-vindas. Os instrumentos têm fácil leitura e os bancos seguram o corpo

É um carro para des lar curtindo o vento e também para dar umas aceleradas quando o trânsito permitir. Ele atende às duas exigências sem problemas. Depois de matar a vontade de dirigir o MX-5, já começo a imaginá-lo na minha garagem.

Mazda MX-5 Roadster-Coupé

Motor quatro cilindros, 2,0 litros, 16V Transmissão automática, seis marchas, tração dianteira Dimensões comp.: 4,00 m – larg.: 1,71 m – alt.: 1,24 m Entre-eixos 2,320 m Porta-malas 150 litros Pneus 205/45 R17 Peso 1.138 kg • Gasolina Potência 158 cv a 7.000 rpm Torque19,3 kgfm a 5.000 rpm Velocidade máxima 218 km/h 0 – 100 km/h 7,9 segundos Consumocidade: 9,1 km/l

/ estrada: 14,5 km/l Consumo real não disponível