25/02/2014 - 7:41
Depois de ter dirigido o novo Range Rover Sport por 800 quilômetros na Inglaterra – na mão esquerda e com o volante do lado direito –, em julho de 2013, posso garantir que me senti mais confortável com o SUV da Land Rover nas estradas brasileiras. Aqui no Brasil é diferente. A primeira coisa que as pessoas perguntam sobre o Range Rover Sport é: quanto custa? Essa versão 5.0 V8 S/C Autobiography Dynamic a gasolina sai por R$ 539.900. E isso causa um efeito na gente. Não é fácil rodar com um carro de quase meio milhão de reais numa cidade violenta como São Paulo. É preciso evitar alguns caminhos e planejar rotas não congestionadas (por causa dos arrastões).
Apesar dos 510 cv do V8 sobrealimentado, no início senti o Range Rover Sport meio amarrado e já comecei a culpar a gasolina que é vendida no Brasil. Por isso, mesmo prejudicando bastante a autonomia (o carro não passou de 4,5 km/l), achei melhor dirigi-lo com o câmbio no modo Sport. Claro que o desempenho melhorou bastante. Na cidade, eu consegui ter mais agilidade; na estrada, ultrapassei com facilidade todos os outros carros.
Apesar de ser um legítimo SUV, com sua tração 4×4 integral preparada para enfrentar as mais incríveis dificuldades (conforme comprovei na Inglaterra), o novo Range Rover Sport é um carro estável nas curvas. Mesmo com o centro de gravidade lá em cima, os pneus largos (275/40 R22) e o controle de estabilidade garantem uma boa tocada. Dá para viajar umas três horas seguidas tranquilamente, sem se cansar muito. Só que nas ruas da Pauliceia e até na estrada de Santos às vezes o trânsito para. Nessas horas, fui descobrindo todas as funções disponíveis para o motorista do novo Range Rover Sport. Sistema Terrain Response II, aquecimento dos bancos, rádio, telefone celular, configuração do carro, ar-condicionado digital, controlador de velocidade, iluminação do painel, ajustes dos volantes, navegador, teto solar etc. Tive a curiosidade de contar: foram 107 comandos à mão do motorista! E isso porque não multipliquei as funções do navegador, do Bluetooth, das mídias digitais etc. Sério: mais de 100 comandos para o motorista de um automóvel me parece um pouco demais, mesmo que a grande maioria seja bastante intuitiva.