Esta seção da MOTOR SHOW é bastante interessante porque a análise de um carro para seu uso pessoal é diferente de uma avaliação geral. Aqui nós entramos nos gostos e necessidades pessoais para responder a uma simples pergunta: vale a pena? Digo isso para explicar que, embora o novo Honda Fit seja um carro muito bom em diversos aspectos, eu esperava mais dele no uso diário. E o que me incomodou talvez só se aplique a pessoas altas, com mais de 1,80 m: não encontrei a melhor posição de dirigir. Mas como isso é possível num carro que oferece banco e coluna de direção com regulagem de altura? Aconteceu. E pode ter sido culpa da  ausência do ajuste de profundidade do volante. O banco do motorista do Fit tem o assento ligeiramente inclinado para a frente, por isso quei com sensação de estar escorregando. Como eu disse, trata-se de uma questão de gosto – eu pre ro dirigir “afundado” no banco. Para ganhar mais espaço interno, o tanque de gasolina do Fit ca exatamente embaixo dos bancos dianteiros. Talvez seja por isso.

O câmbio manual do Fit LX é muito bom. O carro consegue boas arrancadas e desenvolve velocidade sem grande esforço. A direção é leve e precisa. O motor 1.6  ex de 115/116 cv (gasolina/etanol) carrega bem os 1.060 quilos do carro. O espaço interno é o ponto alto do Fit. Mas, para meu per l, isso não faz grande diferença, pois raramente viajo com mais de duas pessoas a bordo. A sensação de conforto na cabine é realçada pela boa visibilidade externa. O rádio é fácil de usar e a qualidade do som é boa. O mesmo não posso falar do quadro de instrumentos na cor âmbar (alaranjada). À noite, sua visibilidade é boa. Rodando em dias claros, entretanto, os números cam muito apagados, com leitura ruim. Apesar de ser muito bonito por fora, o novo Honda Fit não chamou a atenção nas ruas – provavelmente porque o estilo cou bastante parecido com o da geração anterior. No nal da minha estada com o Fit LX decidi que não compraria um – nem tanto pelo modelo, mas sim pelo tipo de carro que ele é (familiar e com posição de dirigir alta). Por R$ 54.200, eu choraria um desconto de R$ 1.290 numa concessionária Peugeot e levaria um 208 Griffe 1.6 de 122 cv, mais divertido de dirigir.