A decisão sobre o salão no qual seria exibido esse sedã virou uma disputa. Nova York e Xangai estavam na batalha pelo três volumes derivado do carro de maior sucesso da Audi, o A3. A China venceu a briga. Na verdade, pouco importa a novidade ter aparecido no oriente ou no ocidente. Já estava claro, desde o princípio, que a Europa não era o alvo para esse modelo. Além da missão de conquistar os jovens norte-americanos – que já não estão muito interessados em sedãs desse porte – o A3 Sedan foi pensado para encher os olhos dos consumidores dos países emergentes, principalmente a China e o Brasil. Lá, como aqui, o porta-malas é um quesito importante.

Há dois anos, ainda em julho de 2011, revelamos as primeiras informações e simulações computadorizadas de como ficaria esse modelo alemão lançado agora. Na época, a Audi a firmava não ter intenção de voltar a fabricar no Brasil, mas muita coisa mudou desde então. A confirmação da produção local da BMW e a imposição de cotas de importação mais restritivas fizeram com que Mercedes e Audi se apressassem em corrigir a rota. Tudo ainda é sigiloso, mas na fábrica do grupo Volkswagen, situada em São José dos Pinhais (PR), já começaram os estudos para a implantação da linha da plataforma MQB, sobre a qual serão feitos em 2014 Golf VII, A3 e A3 Sedan. Mas a empresa não irá esperar a produção nacional para começar a vender o modelo no Brasil. O carro, assim com seus oponentes Mercedes CLA e BMW Série 3, chegará inicialmente importado.

Com 4,46 m, o A3 Sedan é 15 cm maior que a versão Sportback. O entre-eixos se manteve inalterado, mas a carroceria ficou mais larga, principalmente por causa dos para-lamas maiores, e a altura foi reduzida em 9 mm. O porta-malas pode ser ampliado mexendo-se na configuração dos bancos e tem volume mínimo de 425 litros. A gama de motores é ampla, mas para o Brasil, inicialmente, a Audi deverá importar a versão topo de linha, com motor 1.8 TFSI de 180 cv, e a versão 1.4 TFSI de 140 cv, com sistema de cilindros por demanda, que, na Europa, tem média de consumo de 21 km/l. A versão de entrada, com motor 1.4 TFSI de 122 cv (que aparece no Sportback por aqui) deverá chegar como uma opção mais barata, para brigar com o CLA também de entrada – isso, se a Mercedes decidir importá-lo.