28/11/2024 - 9:05
Áustria, Bulgária, Polônia, Romênia e Eslováquia se juntaram à República Tcheca e à Itália na tentativa de evitarem que as montadoras de veículos enfrentem pesadas penalidades a partir de 2025, segundo um documento do Parlamento austríaco.
A partir de 2025, a UE reduzirá o limite médio permitido de emissões de veículos novos de 116 gramas/km para 94 gramas/km. Exceder esse teto poderá resultar em multas de 95 euros por excesso de dióxido de carbono medido na forma de g/km multiplicado pelo número de veículos vendidos.
“As metas atuais para carros, definidas para serem aplicadas até 2025, correm o risco de impor multas aos fabricantes que não conseguirem atender a esses requisitos rigorosos devido à desaceleração na adoção de veículos elétricos”, diz o documento com a proposta conjunta dos países.
“Tais penalidades limitariam severamente a capacidade da indústria de reinvestir em inovação e desenvolvimento, prejudicando assim a competitividade da Europa no cenário global.”
Alguns desses países também estão se opondo ao chamado Acordo Verde do bloco para combater as mudanças climáticas e reduzir a poluição. Os limites mais rígidos no próximo ano são um passo em direção aos planos de proibir as vendas de novos veículos a combustão em 2035.
O setor automotivo é uma parte importante das economias da Europa Central, contribuindo com cerca de 9% do PIB na República Tcheca, por exemplo.
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Reino Unido
O governo do Reino Unido disse nesta quarta-feira que vai reconsiderar as regras que obrigam as montadoras a produzirem mais veículos elétricos depois que o setor alertou que o plano atual levará ao fechamento de fábricas e à perda de empregos, sem uma demanda mais forte dos consumidores.
Como parte de metas mais amplas de atingir emissão líquida zero, as regras do plano Veículos de Emissão Zero (ZEV, na sigla em inglês) introduzidas pelo governo conservador anterior do Reino Unido exigem que as montadoras vendam uma proporção maior de carros elétricos a cada ano, sob pena de multas. As regras entraram em vigor no início deste ano.
No entanto, a demanda pública por veículos elétricos não acompanhou esse ritmo e, sem uma intervenção urgente do governo, tanto os empregos no setor quanto o apelo do Reino Unido como centro de produção estão ameaçados, alertaram as montadoras.
A ministra das Finanças, Rachel Reeves, disse que o governo lançou uma consulta “para analisar os planos que herdamos do governo anterior”.
“É realmente importante (…) garantir o equilíbrio correto e (ter) o apoio adequado para o setor automotivo, a indústria automotiva, no Reino Unido”, disse ela a jornalistas.
“Queremos que as pessoas comprem veículos elétricos, mas queremos manter os empregos, queremos manter os investimentos no Reino Unido e estamos determinados, por meio da consulta, a fazer exatamente isso.”