Se o setor automotivo ainda luta bravamente para tentar recuperar números em um ano com produção industrial drasticamente afetado pela pandemia, a boa notícia é que o Mercado de seminovos e usados está aquecido: é hora de vender. E a conclusão se baseia em relatório da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Levantamento feito pela entidade com os números abrangendo o mercado de seminovos e usados mostra que as vendas estão em alta, superando até números do mesmo período no ano passado. No segmento dos automóveis e comerciais leves, por exemplo, o crescimento em relação a agosto de 2020 foi superior a 11%. No comparativo com setembro de 2019, esse dado é 8,41%.

Gol, Uno e Palio: os campeões no mercado de seminovos e usados

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Para Luca Cafici, CEO da InstaCarro, plataforma que realiza a intermediação na venda de veículos, a explicação se baseia em três pontos: procura por uma alternativa ao transporte público como forma de prevenção à pandemia; recuperação da economia e queda na taxa de juro; e um impulsionamento no mercado de seminovos e usados causado pela paralisação na produção de novos automóveis no primeiro semestre.

“Nesse período houve uma queda forte na oferta no mercado nacional, jogando os preços para cima. Isso ocorre porque as locadoras venderam seus estoques logo nas primeiras semanas da pandemia e, agora, só operam no varejo porque não conseguiram ter acesso a novos veículos”, afirma Cafici.

Mas Cafici alerta: o bom momento para vender no mercado de seminovos e usados não vai durar para sempre. “Quando as locadoras começarem a renovar suas frotas novamente e vender o estoque no atacado, a oferta vai aumentar significativamente, e os preços novamente irão cair.”