A etapa de abertura do campeonato GT Brasil, marcada para 10 de abril, terá como uma das principais novidades a Mercedes Grand Challenge, uma competição monomarca que usará o sedã C 250 CGi da montadora alemã. A competição é promovida pela SRO Latin America, a mesma empresa responsável pela promoção do GT Brasil, e conta com apoio o cial da Mercedes. Serão oito etapas, todas em rodadas duplas e dentro do evento da Itaipava GT Brasil. O grid de 22 carros, até o fechamento desta edição, já estava todo preenchido.

A modalidade é voltada para pilotos amadores endinheirados, que buscam uma categoria rápida e disputada e não estão dispostos a lidar com a pressão de ser um piloto pro ssional. Categorias assim são cada vez mais comuns, como o Porsche Cup, o Mini Challenge e a nova DTCC da Audi (mais detalhes no quadro da página ao lado). Todas elas são competições voltadas para os chamados Gentleman Drivers (Pilotos Cavalheiros em inglês).

As fotos que ilustram estas páginas são do primeiro teste de pista do carro, realizado no dia 16 de março. De acordo com Antônio Hermann, organizador da categoria e piloto de teste na ocasião, o carro ainda iria passar por algumas mudanças estéticas e ganharia itens como caixas de rodas maiores e novo painel.

O modelo original, vendido pela Mercedes, foi preparado pela WB Motorsports, comandada pelo experiente Washinton Bezerra, sete vezes campeão da Stock Car como chefe da equipe.

Foram acrescentados todos os equipamentos de segurança exigidos para qualquer categoria nacional, como santantônio, bancos concha e cintos de cinco pontos. Os sistemas de freio e suspensão também tiveram que ser adaptados para as pistas.

A carroceria teve algumas partes modi cadas e o interior perdeu o luxo. Tudo para reduzir peso. Graças a uma nova calibração de motor, o C 250 CGi cou com 245 cv. Aliás, para manter a competitividade, motor e câmbio serão lacrados para que as equipes não possam mexer. Qualquer reparo terá que ser feito pela assistência técnica da modalidade.

De acordo com Jefersson Ferrarez, gerente de marketing da Mercedes Automóveis, a iniciativa de criar a categoria partiu da SRO Latin America, mas veio ao encontro dos planos da marca. “Nós já estávamos querendo trabalhar mais o caráter esportivo e jovem do Classe C”, diz Ferrarez. “Além de apoiar a competição, nosso papel foi vender os carros para as equipes”, completa o executivo. Uma equipe da marca participou da preparação do carro para dar suporte técnico na parte elétrica e os modelos foram vendidos para as equipes por R$ 185 mil. O custo por etapa deve girar em torno dos R$ 40 mil.

Outra novidade do automobilismo brasileiro este ano é a DTCC. A modalidade também é monomarca e usa o Audi A3 Sport de 200 cv. Serão seis etapas, realizadas nos autódromos de Curitiba (PR), Velopark (RS), Interlagos (SP) e Campo Grande (MS).

Todas elas também serão rodadas duplas. A grande diferença desta categoria para a Mercedes Grand Challenge é que os carros não serão vendidos, mas alugados a cada etapa. A previsão de custo por temporada é de R$ 178 mil.