Ele é o maior e mais luxuoso mercedes

Entende-se por híbrido um veículo que utiliza duas ou mais formas distintas de propulsão (elétrica e a combustão, por exemplo) que podem operar de forma separada (em um momento atua o motor elétrico, e, em outro, o motor a combustão) ou ainda um carro no qual as duas formas de propulsão operam juntas, somando seus trabalhos por meio de um apurado e complexo controle eletrônico.

É dessa última forma que funciona o S 400 Hybrid. Os mais puristas talvez achem que o luxuoso sedã da Mercedes não é 100% híbrido, já que a propulsão elétrica contribui pouco para a performance com seus modestos 20 cv – mas o mesmo sistema mostra sua garra no bom torque máximo adicionado. Realmente, para uma propulsão só a gasolina, o desempenho deste motor ficaria aquém do que se esperaria de um Mercedes. Assim o sistema elétrico entra, na realidade, como um mecanismo auxiliar.

Vamos, então, à visão técnica de como funciona o S 400 Hybrid. O sistema opera de maneira bastante semelhante ao Kers, que a Fórmula 1 usou até o ano passado: a energia gerada nas frenagens e desacelerações, normalmente desperdiçada, é transformada, em parte, em corrente elétrica (para mais detalhes sobre seu funcionamento, leia o boxe).

Um sistema muito interessante, que consegue reduzir efetivamente e de maneira significativa o consumo de gasolina e, consequentemente, a emissão de CO2 – um dos responsáveis pelo aquecimento global – na atmosfera, simplesmente aproveitando uma energia que costuma ser jogada fora pela maioria dos veículos.

Acima, o painel: o sistema de som fica escondido por uma tampa.

À esquerda, o ajuste do banco elétrico (na porta) e, à direita, o teclado para o telefone, que pode ser conectado por bluetooth

No alto, o botão no lado esquerdo do painel aciona a câmera infravermelha para visão noturna ou em serração – a imagem captada aparece no centro do painel de instrumentos (logo abaixo). Na traseira, entretenimento individual para cada passageiro

O principal responsável pela movimentação do “Mercedão” é o motor V6 de 3,5 litros que produz 279 cv, mas com um modesto torque máximo de 22,9 kgfm. A bem da verdade, esse motor V6 produziria normalmente cerca de 35 kgfm de força, mas, como sua contribuição se soma ao bom torque máximo de 16,3 kgfm produzido pelo motor elétrico, o Hybrid tem, em uma retomada ou nas acelerações, uma disponibilidade de 39,2 kgfm, suficientes para proporcionar uma performance bastante convincente para o sedã de luxo ecológico. Alguém poderia questionar: por que não se deixou que o motor a combustão produzisse seu máximo desempenho – que se somaria ao do motor elétrico, como nos F-1? É que, nesse caso, os resultados positivos obtidos no quesito consumo e emissão de poluentes não seriam tão brilhantes. Seria uma opção apenas se a Mercedes objetivasse a melhora específica no desempenho, como os F-1 fazem com o Kers, em vez de priorizar a redução do consumo e emissão de CO2.

E, é bom lembrar, os quase 40 kgfm de torque máximo que o sistema disponibiliza são suficientes para locomover o carro, de cerca de duas toneladas, com desenvoltura.

O objetivo foi transformar o Hybrid em um carro mais amigo da natureza, independentemente do fato de a propulsão elétrica representar pouco mais de 7% da disponibilidade energética de seus dois meios de propulsão. A realidade é que este sistema mostra resultados positivos, com quase 20% de redução no consumo médio e cerca de 21% de redução nas emissões de CO2 – quando comparamos seus resultados ao do S 350 que gerou o S 400 Hybrid. Para tornar o carro ainda mais ecológico, um sistema start & stop desliga automaticamente o motor sempre que o sedã para – e tem seu funcionamento imediatamente retomado quando se toca o acelerador.

O principal responsável pela movimentação do “Mercedão” é o motor V6 de 3,5 litros que produz 279 cv, mas com um modesto torque máximo de 22,9 kgfm. A bem da verdade, esse motor V6 produziria normalmente cerca de 35 kgfm de força, mas, como sua contribuição se soma ao bom torque máximo de 16,3 kgfm produzido pelo motor elétrico, o Hybrid tem, em uma retomada ou nas acelerações, uma disponibilidade de 39,2 kgfm, suficientes para proporcionar uma performance bastante convincente para o sedã de luxo ecológico. Alguém poderia questionar: por que não se deixou que o motor a combustão produzisse seu máximo desempenho – que se somaria ao do motor elétrico, como nos F-1? É que, nesse caso, os resultados positivos obtidos no quesito consumo e emissão de poluentes não seriam tão brilhantes. Seria uma opção apenas se a Mercedes objetivasse a melhora específica no desempenho, como os F-1 fazem com o Kers, em vez de priorizar a redução do consumo e emissão de CO2.

E, é bom lembrar, os quase 40 kgfm de torque máximo que o sistema disponibiliza são suficientes para locomover o carro, de cerca de duas toneladas, com desenvoltura. O objetivo foi transformar o Hybrid em um carro mais amigo da natureza, independentemente do fato de a propulsão elétrica representar pouco mais de 7% da disponibilidade energética de seus dois meios de propulsão. A realidade é que este sistema mostra resultados positivos, com quase 20% de redução no consumo médio e cerca de 21% de redução nas emissões de CO2 – quando comparamos seus resultados ao do S 350 que gerou o S 400 Hybrid. Para tornar o carro ainda mais ecológico, um sistema start & stop desliga automaticamente o motor sempre que o sedã para – e tem seu funcionamento imediatamente retomado quando se toca o acelerador.

É claro que, com essa configuração, os técnicos buscaram obter uma redução ainda maior do seu consumo. Além da preocupação ecológica, o Hybrid continua sendo, em sua essência, um Classe S, ou seja, o top de linha dos sedãs Mercedes. Oferece a seus seletos consumidores desde tevê e DVD para quem viaja no banco traseiro até uma câmera por infravermelho que permite dirigir o carrão em situação de visibilidade zero, como uma serração muito densa – o motorista enxerga até 300 metros adiante, de dia ou de noite.

E, claro, tudo o que a Mercedes desenvolveu nos últimos anos visando à segurança de passageiros e motorista está presente. O nível de ruído, por exemplo, é tão baixo que, em alguns momentos, incomoda. Quando em marcha constante, parece 100% elétrico. Mal se ouve o ruído dos pneus no asfalto. O refinado espaço interno, principalmente atrás, possibilita cruzar as pernas sem tocar o encosto dianteiro. Um luxo ao preço de US$ 253.500. Caro? Para a grande maioria dos mortais, sim. Mas, para quem tem essa quantia disponível para a compra de um carro e curte a mais alta tecnologia voltada a ajudar o meio ambiente, é o momento de comprar um “Mercedão” top de linha que, além de tudo, é amigo da natureza.

COMO FUNCIONA?

Construtivamente, o S 400 Hybrid tem um motor elétrico que fica acoplado entre o motor a combustão e a transmissão automática de sete marchas. Esse motor gera um torque de 16,4 kgfm quando recebe energia elétrica das baterias de íons de lítio ou funciona como um gerador quando recebe movimento de rotação proveniente da transmissão, quando se tira o pé do acelerador e entra em cena o freio motor. Dessa forma, a energia que seria desperdiçada na desaceleração é utilizada em parte para recarregar as baterias, transformando-se em movimento útil pelo motor elétrico. Além da desaceleração natural que ocorre quando se tira o pé do acelerador, quando se usa o freio, o motor/gerador elétrico carrega as baterias com maior intensidade. O sistema permite também que se economize os freios. Um sofisticado gestor eletrônico comanda a carga das baterias e o fornecimento de energia ao motor elétrico, além do momento das recargas. No painel, uma função (na foto acima) permite acompanhar como anda a carga das baterias e quando o sistema está utilizando a energia elétrica ou do motor a combustão.