01/09/2008 - 0:00
MILLE FIRE ECONOMY R$ 26.000 (ESTIMADO)
Fazer do limão uma limonada. Foi assim que nasceu o Mille Economy. A Fiat precisava adaptar seu carro de entrada à nova lei de emissão de 2009. Não tinha como escapar. Mas o que seria só um gasto extra virou uma oportunidade de negócio. Com algumas intervenções a mais, a engenharia conseguiu arrancar do Mille um consumo 10% menor. A marca equipou o modelo com um econômetro (que mostra, no painel, o quanto o veículo está consumindo) e refez os pacotes de equipamento. Pronto. Eis um novo produto que na avaliação em pista chegou a médias de 24 km/l (gasolina).
Para o motor, que não sofreu redução na potência, foi adotado um novo coletor de escape tubular, um mecanismo de controle de válvulas mais leve, que diminuiu a carga das molas (menos energia despendida para o acionamento do comando), as bielas passaram a ser fraturadas (o encaixe perfeito diminui ruído e consumo), a partida do motor agora conta com injeção seqüencial (que não desperdiça combustível), a rotação da marcha lenta foi de 850 para 750 rpm, foram otimizados a sonda lambda e os mapas da mistura e o catalisador foi substituído por um de maior volume. Para menor resistência ao rolamento, pneus de baixo atrito e nova geometria para suspensão dianteira.
Apesar do ambiente controlado, sem semáforos nem congestionamento, o econômetro mostrou que pode mesmo ser um grande aliado do meio ambiente (e do bolso do consumidor). Quando o ponteiro está na faixa verde, significa que o motorista está dirigindo de maneira econômica. Conforme o marcador avança pela faixa amarela, você começou a “queimar” dinheiro à toa.
Durante a avaliação, fizemos um percurso mantendo o ponteiro do econômetro sempre na faixa amarela, o que se consegue acelerando mais que o necessário, esticando as marchas e fazendo reduções desnecessárias. A pior dirigibilidade possível. Depois, repetimos o percurso, dirigindo com cautela, colocando meia carga no acelerador, utilizando as marchas adequadamente, fazendo as trocas nas rotações corretas, evitando freadas desnecessárias e, assim, mantendo o econômetro na faixa verde. O resultado? Economia de 40%! Ou seja, um ganho de R$ 40 a cada R$ 100 gastos com abastecimentos. Completaria o pacote econômico do carro um desconto no preço sugerido, mas o valor ainda não foi divulgado pela Fiat.
O econômetro (em destaque ao lado) é item de série no novo Mille. Já a lista de opcionais dispõe agora de CD Player com MP3 e rodas de liga leve. O modelo Way, com a suspensão elevada (foto), passa a ser uma versão e não mais um pacote opcional. Em relação ao modelo convencional, ele teve menos mudanças na geometria de suspensão