A Mini foi um bocado ousada na hora de fazer seu mais recente carro conceito, o Mini Strip. A marca chamou o designer Sir Paul Smith para deixar o hatch da marca o mais simples possível, mas sem perder a essência, e o charme, do compacto inglês.

Smith foi responsável por conceber interior e linhas gerais do modelo, de modo a usar o mínimo de material possível. Por isso, o Mini Strip traz apenas uma camada de proteção sobre o metal da carroceria, sem pintura nenhuma.

Os arcos de roda possuem apliques plásticos presos com parafusos aparentes, e segundo o designer, até imperfeições nas peças foram mantidas, como pequenos arranhões.

Interior minimalista

Por dentro, também apenas o mínimo necessário. As linhas gerais do painel são as já conhecidas, mas não há telas e quase nenhum botão. O volante também foi simplificado. Onde seria a tela do sistema de entretenimento, há apenas um suporte para um celular. Para o designer, o aparelho já é capaz de desempenhar diversas funções que uma central multimídia faria, tornando-a desnecessária.

Mas as maiores mudanças estão nos revestimentos. O Mini Strip tem portas cobertas por cortiça que, segundo Smith, pode ser retirada das árvores sem precisar derrubá-las. O material também foi escolhido por dar um aroma específico à cabine, escolhido pelo designer.

A estrutura também é aparente, já que não há carpetes. Com o monobloco pintado de azul, o chão do carro faz parte da paleta de cores escolhida para a versão. Os cintos de segurança são amarelos e os puxadores de porta são num tom de laranja. Nem mesmo os airbags foram escondidos. O do volante é coberto apenas por uma tela fina e os laterais e de cortina são totalmente expostos.

O conceito foi baseado no Mini elétrico, com motor de 184 cv e autonomia de até 234 quilômetros entre recargas.