O presidente da FIA, Jean Todt, entregou ao consórcio batizado de Formula E Holdings – que tem como um dos principais investidores o bilionário Enrique Bañuelos e como director Alejandro Agag, dono de equipe na GP2 – a responsabilidade de organizer o primeiro campeonato mundialde monopostos elétricos a partir de 2014. O primeiro carro, um protótipo chamado de EF01, está praticamente pronto e já fez demonstrações em diversos países. Criado pela empresa Formulec, o carro já percorreu maisde 1.200 km em testes, para que dele nasça uma versão defi nitiva, a EF02.

O piloto de desenvolvimento é o brasileiro Luca de Grassi, e a primeira cidade a se candidatar para recebera prova foi o Rio de Janeiro. A primeira vista, não se trata de um projeto inovador. A carroceria, planejada em conjunto com a equipe Mercedes de F-1 (que disponibilizou, inclusive, seu túnel de vento para os testes) é muito parecida com a de um F-3. No lugar do tradicional motor térmico, uma unidade elétrica desenvolvida pela Siemens com potência de 339 cv acoplada a um câmbio manual da Hewland, que garante um ótimo desempenho: o EF01 acelera de zero a 100 km/h em 3,1 segundos (como um GP2) e chega à máxima de 250 km/h.
Como todos os carros elétricos, o monoposto da Formulec tem suas limitações de autonomia. A duração de uma prova não pode passar dos 20 minutos – o que é muito pouco para garantir um espetáculo adequado aos padrões atuais do automobilismo.

Segundo os desenvolvedores, pelo menos na primeira temporada não será possível a substituição rápidadas baterias em um pit-stop, mas eles planejam fazer várias “miniprovas”  de 20 minutos, cada uma com carrosdiferentes, para garantir um tempo total d o evento que seja interessante para os espectadores. Afi nal, eles já terão difi culdade para se acostumar a assistir a uma corrida sem ouvir o típico e empolgante som dos velhos motores à combustão interna.