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A Audi celebrou neste mês de agosto os 40 anos da produção do primeiro motor de cinco cilindros do mundo movido a gasolina. Uma marca da montadora desde então, os propulsores do tipo estão presentes até hoje na linha: sua encarnação mais recente, um 2.5 TFSI de 367 cv (no Brasil), é um dos destaques do hatch esportivo RS3.

Mas a história dos motores Audi de cinco cilindros começou de maneira um pouco mais modesta. Para equipar a segunda geração do sedã grande Audi 100, a marca buscava uma opção de propulsor mais potente que o tradicional Volkswagen EA 827 (conhecido no Brasil pelo seu uso no VW Passat) de quatro cilindros, mas sem precisar recorrer a motores de seis cilindros, inviáveis por serem maiores e mais pesados.

A solução foi criar um novo motor de cinco cilindros, utilizando boa parte dos componentes do EA 827. O propulsor de 2.1 litros desenvolvia 136 cv e poucos anos depois ganhou uma opção ainda mais potente, de 170 cv, dotada de injeção eletrônica e turbo.

O mesmo motor, com uma preparação ainda mais extrema para extrair 200 cv, foi utilizado no Audi Quattro, modelo que daria origem ao Sport Quattro, carro de rali que fez sucesso nas provas dos anos 1980, com propulsores de cinco cilindros modificados para desenvolver até 450 cv.

Nos carros de rua, os motores continuaram a evoluir. Em 1994, o RS2 atingia a marca dos 315 cv com um motor 2.2 turbo, tornando-se uma das peruas mais potentes do seu tempo. A geração mais recente dos Audi de cinco cilindros data de 2009. O bloco 2.5 com turbo e injeção direta fez a sua estreia com 340 cv no esportivo TT RS. Desde 2010, o motor é considerado o melhor de sua categoria no concurso International Engine of the Year.