Por Flávio Silveira

Faz dez anos que a Revista Motor Show criou o prêmio Compra do Ano, e o nosso brasão, acima, já se consolidou como um dos mais cobiçados do mercado. Nesta década que passou, atualizamos alguns critérios, valorizando mais aspectos subjetivos, como o prazer ao volante, para dar mais personalidade ao prêmio e privilegiar a experiência de nossos especialistas tanto nas pistas de testes quanto no uso cotidiano dos veículos. Afinal, se listas de equipamentos, preços, fichas técnicas ou rankings de vendas definissem sozinhos que modelos mais vale a pena comprar, nossa tarefa aqui perderia boa parte da importância.

Para ser eleito a Compra do Ano em sua categoria, o carro deve:
• estar à venda na data de fechamento da lista de vencedores – 10 de agosto, nesta edição –;
• e ter sido avaliado adequadamente por nossa equipe (daí modelos lançados recentemente, mas que ainda não pudemos testar, como BYD King, não concorrerem nesta edição).

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E, voltando aos critérios para a escolha dos nossos eleitos, é óbvio que naturalmente estes variam muito conforme a categoria analisada – nos segmentos de entrada priorizamos características como relação custo-benefício, consumo e outros aspectos racionais, enquanto em outras, mais caras ou específicas, olhamos com atenção maior para pontos como luxo, potência e prazer ao volante.

As categorias da Compra do Ano mudam segundo as movimentações do mercado, refletindo as novas tendências locais e globais. Nesta edição, por exemplo, trocamos Sedã de Luxo para Sedã Médio “Premium” – termo que o mercado prefere, e usa indiscriminadamente (não se trata só de preço, mas também de origem, tradição e qualidade). Além disso, para valorizar marcas que fogem da “ditadura” dos SUVs (hoje responsáveis por cerca de metade das vendas) e apostam em outras categorias, recriamos duas:
• Sedã Grande (de baixíssimo volume, mas com produtos excepcionais),
• Minivan (que já foi uma das mais cobiçadas).

Com a grande evolução da eletrificação, como nas últimas edições, os carros híbridos concorrem diretamente com os tradicionais, apenas a combustão. Os 100% elétricos, entretanto, separamos em categorias específicas – por diversos motivos, não os consideramos rivais diretos dos demais modelos (embora já apareçam, em alguns casos, como opções bastante interessantes).

Dada a oferta mais limitada e a rivalidade entre opções de carrocerias distintas, os separamos por faixa de preço (até R$ 200 mil, R$ 200 mil a R$ 400 mil e acima de R$ 400 mil) e incluímos, ainda, a categoria Esportivo Elétrico, para modelos que disputam essa “última fronteira” dos automóveis a bateria.

• Com uma linha ampla e bastante eletrificada, a alemã BMW foi a maior vencedora desta edição, com quatro prêmios,
• enquanto a japonesa Honda, que renovou sua oferta nos últimos anos, foi vice, com três prêmios.
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O mesmo número teve a Ford com seus importados.
• A chinesa BYD, a francesa Renault e a também alemã Mercedes-Benz levaram dois prêmios.
• E com um prêmio cada, ficaram as francesas Peugeot e Citroën, as americanas Chevrolet, Jeep e RAM (as duas últimas agora sob controle europeu da Stellantis) e a Volkswagen – outra alemã.

Nesta edição, os campeões passam a ser organizados por ordem de popularidade, começando pelos onipresentes SUVs. O site da Motor Show vai publicar todos os ganhadores.