A Uber baniu 1.600 motoristas a nível nacional nos últimos dias, segundo divulgado pela Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). Atualmente, a base de motoristas da Uber é de 1,5 milhão.

O corte está ligado aos motoristas que realizam cancelamentos de viagens que não “compensam”, devido à alta do preço dos combustíveis, principalmente.

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“Tivemos nove aumentos, só dentro desse ano. Totalizando 51%. Nos próximos dias vai ter mais 1% de aumento. Com isso, os motoristas começaram a selecionar as corridas”, afirma Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp.

E completa: “O trajeto do motorista até o passageiro quem paga é o motorista. Não é incluído na corrida. Com a gasolina a quase R$ 6, muitas vezes o motorista acaba tirando dinheiro do bolso para concluir a sua corrida”.

De acordo com o presidente da associação, como forma de pressão para que os motoristas não cancelem as corridas, a Uber realizou esses cortes.

Motoristas vão à Justiça

A Amasp está entrando com ações individuais na justiça junto aos motoristas para que retornem à plataforma. “Montamos uma defesa e solicitamos para que os mesmos entrassem no JEC, Juizado Especial Civil”, explica Eduardo.

Posicionamento da Uber

A Uber, por sua vez, afirma que o motorista é livre para aceitar ou não as viagens.

Confira abaixo a nota completa divulgada pela Uber:

“Motoristas parceiros são profissionais independentes e, assim como os usuários, podem cancelar viagens quando julgarem necessário. Cancelamentos excessivos ou para fins de fraude, porém, representam abuso do recurso e configuram mau uso da plataforma, pois atrapalham o seu funcionamento e prejudicam intencionalmente a experiência dos demais usuários e motoristas. A Uber tem equipes e tecnologias próprias que revisam constantemente as viagens e os cancelamentos para identificar suspeitas de violação ao Código da Comunidade e, caso sejam comprovadas, banir as contas envolvidas.

Comportamentos como a prática de cancelar diversas viagens em sequência e logo após terem sido aceitas prejudicam negativamente todos que usam a plataforma porque, de um lado, impedem que outros motoristas parceiros gerem renda atendendo as mesmas solicitações de viagens canceladas, e, por outro, deixam os usuários esperando mais tempo ou até desistindo da solicitação.

O abuso no cancelamento de viagens não tem nada a ver com a liberdade do motorista parceiro de recusar solicitações. Na Uber, o motorista é totalmente livre para decidir quais solicitações de viagem aceitar e quais recusar. A conexão entre parceiro e usuário – quando nome, modelo e placa do carro são compartilhados e o usuário recebe a confirmação de que o motorista está a caminho – só ocorre depois do motorista ter conferido as informações da solicitação (tempo, distância, destino etc.) e decidido aceitar a realização da viagem.”

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