Oucas vezes um carro passou de uma geração para outra com uma mudança tão inteligente como esta do Troller T4. O novo “jipe” da Ford está totalmente modi cado para atender não apenas aqueles que querem usá-lo no dia a dia, mas também os consumidores que participam de trilhas ou ralis nos fins de semana. Esta é a segunda vez que a Ford modi ca o utilitário produzido em Horizonte (CE), a 60 quilômetros de Fortaleza. A primeira foi em 2007, quando comprou a marca e fez um facelift no modelo. Para um carrinho que nasceu como buggy, em 1995, a trajetória do Troller é espetacular. Embora tenha um mercado restrito, de 1.200 unidades por ano, a marca domina 80% de seu segmento. 

A segunda geração do T4 cou maior, mais potente, mais forte, mais confortável e, acima de tudo, mais versátil. Segundo a Troller, o T4 teve mais de 1.700 itens modi cados. Ele passa a utilizar mais peças em comum com modelos da Ford e está pronto para receber os equipamentos de off-road pro ssional, que grande parte de seus usuários tinha de improvisar. Totalmente desenvolvido no Brasil, o novo T4 ganhou o motor Duratorq 3.2 a diesel de 200 cv que equipa a Ford Ranger. Esse motor 5 cilindros tem 20 válvulas, turbocompressor de geometria variável e ótimos 47,9 kgfm de torque, disponíveis entre 1.750 e 2.500 rpm. O câmbio também é o da picape: manual de seis marchas. Embora seja mais pesado, o novo Troller T4 cou com a dirigibilidade muito parecida com a da Ranger. Para se ter uma ideia, com o powertrain anterior o T4 tinha 165 cv e 38,7 kgfm. 

A frota atual desse veículo no Brasil é de 15.000 unidades. Seu índice de delização é alto: 48% dos donos de Troller compram outro Troller. Por isso, eles não gostam de ser chamados de “jipeiros” e sim
de “trolleiros”. O visual externo é todo novo e as partes de plástico cinza são permanentes, mas as demais áreas da carroceria feita de compósito (mistura de aço com bra de vidro) podem vir em oito cores
diferentes. A carroceria é resistente ao fogo, à corrosão e a impactos. A grade horizontal deixou de ter os elementos quadrados da geração anterior e ganhou o moderno desenho em forma de colmeia. As caixas de rodas continuam bastante pronunciadas e o estepe permanece do lado de fora. Também houve modi cações na área dos faróis de neblina. A capa dianteira (abaixo da grade) é removível, para a colocação de guincho e outros itens off-road. O teto solar é duplo e o capô ganhou um per l elevado. O bagageiro do teto já vem com barras transversais. O estribo lateral foi integrado ao design e a tomada de ar elevada tem pré-disposição para snorkel. A antena do rádio é exível e removível, bem como as ponteiras dos para-choques dianteiro e traseiro. Até lanternas de LED o novo T4 ganhou, com facho de ré mais e ciente.