O Duster, na cidade, tem consumo real de 8,9 km/l. Os demais fora-de-estrada avaliados pelo Inmetro têm média de 7 km/l. Por isso, ele leva nota A,  

O Clio faz, na média, de 9,2 km/l na cidade, os melhores compactos chegam a 11,7 km/ 

O Inmetro anunciou mudanças na quarta etapa do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Assim como a etiqueta dos eletrodimésticos, o adesivo aqui tem a função de mostrar, dentro de uma mesma catagoria, qual modelo de carro é mais e ciente em termos energético. Ou seja, qual deles gasta menos energia para desempenhar uma mesma função. Um Renault Clio 1.0, por exemplo, apesar de gastar pouco combustível, quando é comparado com os demais modelos de sua categoria, recebe nota C. Já um Renault Duster, apesar do motor 2.0 e da tração 4×4, obteve nota A entre os fora de estrada.

Nas primeiras fases, as montadoras podiam se inscrever, mas não eram obrigadas a exibir sua classi cação. Dessa forma, apenas aquelas que tinham nota A divulgavam o resultado. O ranking completo cava disponível para consulta na internet, mas muitos consumidores nem sequer sabiam como procurar a informação. Agora, isso mudou. Não é mais uma questão de escolha. A adesão continua voluntária, mas quem a zer terá que adesivar um dos vidros dos modelos participantes.

Este ano, Fiat,Ford, Honda, Kia, Peugeot, Renault, Toyota e VW aderiram ao programa, revelando o consumo de 105 modelos em 157 versões. Um aumento de 194% em relação a 2009, quando o programa teve início. O consumo é divulgado pelo fabricante e precisa ser medido em laboratório, segundo a norma NBR 7024.

O Inmetro considera que essa é a única maneira de se obter uma medição que possa ser repetida e comparada. Para aproximar o consumo da realidade, o instituto aplica um fator redutor, igual para todos os veículos avaliados. Com esses resultados em mãos, o Inmetro e o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural/Petrobras (Conpet) classi cam cada um dos modelos participantes com letras que vão de A (mais e ciente) a E (menos e ciente).

 

Acima, o consumo médio por categoria. Um compacto que faz menos do que 10,9 km/l na cidade, tem um gasto acima da média do segmento

Apesar de o resultado ser apresentado em km/l, para comparar veículos que usam combustíveis diferentes, os valores de consumo são convertidos em joule, unidade que mede a energia produzida. Assim, quanto menos energia um carro gastar para rodar um quilômetro, menos combustível ele desperdiçará e menos CO2 irá lançar na atmosfera.

A análise é dividida em nove categorias: subcompactos, compactos, médios, grandes, carga derivado, comercial, fora de estrada, SUV e minivans; estas duas fazem sua estreia nesta edição. Segundo o Inmetro, no caso de um fora de estrada, o consumidor que zer sua escolha com base na e ciência energética, pode economizar mais de R$ 900 em um ano (con ra tabela abaixo).

Outra conquista do PBEV foi a publicação de uma portaria que padroniza a declaração de consumo. A partir de abril, todas as montadoras, participantes ou não do programa, que quiserem divulgar o consumo de seus modelos, terão que fazê-lo dentro dos padrões usados para a etiquetagem, inclusive com o uso do redutor. O consumidor e o planeta agradecem!

 

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