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O Kicks tem grandes ambições. Ele começa a ser vendido em 5 de agosto, dia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Seu objetivo é ganhar uma medalha na disputa comercial com os demais crossovers compactos que atuam no Brasil. Talvez não dê para ganhar o ouro, pois o Honda HR-V lidera o ranking com 5.124 vendas/mês; nem a prata, considerando o desempenho do Jeep Renegade, vice-líder com 4.321 licenciamentos/mês; mas o bronze é bem possível, uma vez que o terceiro colocado é o Ford EcoSport, que emplaca atualmente 2.091 carros/mês.

Se o Kicks conseguir pelo menos essa medalha de bronze, já será um grande feito para a Nissan. Afinal, seu carro de maior vendagem, o Versa, não passa de 1.620 unidades/mês. Ainda não dirigimos o Nissan Kicks, mas já o conhecemos por dentro e por fora e sabemos muito sobre ele. Curiosamente, o Kicks é mais atraente pessoalmente do que nas fotos. É preciso captar a ousadia de seu design de certos ângulos para que ele se torne um carro aspiracional.

Destaque para os detalhes aerodinâmicos dos faróis e das lanternas traseiras, pois ambos se sobressaem das linhas da carroceria e revelam que se trata de um design de última geração, mais até: de vanguarda. Nossa primeira percepção é que o Kicks vai agradar pela sinuosidade de suas linhas, pela ousadia dos detalhes e pela robustez das formas. Além do visual, o Kicks terá como pontos fortes um painel minimalista, um motor eficiente e boa relação de espaço passageiros/bagagens, graças a um entre-eixos de 2,610 m para um comprimento de 4,295 m.

Ele mede 1,760 m de largura e 1,590 m de altura. São medidas praticamente idênticas às do HR-V (a maior diferença está na largura: o Kicks é 1,2 cm mais estreito). Em relação ao Renegade, o Kicks é um pouco maior (5,2 cm), mais baixo (3,8 cm) e mais estreito (7,6 cm). O Kicks usará o mesmo motor 1.6 flex de 111 cavalos (com gasolina ou etanol) dos modelos March e Versa. Esse propulsor 16V entrega 15,1 kgfm de torque e conseguiu o selo de eficiência energética do Inmetro.

Apesar disso, o consumo do Kicks será nota B. Com etanol, ele faz 8,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada; com gasolina, alcança 11,4 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada. A quilometragem combinada (55% urbano e 45% rodoviário) é de 8,7 km/l com etanol e de 12,3 km/l com gasolina. São números muito bons, que fazem do Kicks o carro mais econômico da categoria (só o Suzuki S-Cross automático consegue média melhor na estrada: 12,5 km/l). Considerando a gasolina a R$ 3,70, rodando 40 km/dia, o dono de um Kicks gastará no ano R$ 4.320. Os proprietários de um HR-V e de um Renegade gastarão R$ 4.772 e R$ 5.293.

Por ser um carro estratégico para a Nissan do Brasil, o Kicks nasce de forma curiosa: sua estreia mundial será em nosso País, mas sua produção inicial começou no México, em março. O fabricante japonês não quis arriscar produzir um carro totalmente novo na recém-inaugurada fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, por isso a matriz optou por iniciar a produção em Aguascalientes. A produção do Kicks em Resende começa no último trimestre deste ano. Produzido numa variante da plataforma V da Nissan (March e Versa), criada especialmente para o crossover, o Kicks absorveu um investimento de R$ 750 milhões.

Ao todo, o Kicks será comercializado em 80 países. A Nissan é líder mundial na venda de crossovers, graças ao sucesso dos modelos Qashqai, Juke e X-Trail. O Kicks vai mirar diretamente o público-alvo do Honda HR-V. O presidente da Nissan do Brasil, François Dossa, acredita que o carro tem potencial para vender 50.000 unidades/ano, mas não quis fazer previsões. O modelo apresentado no Rio de Janeiro era da versão SL (intermediária), tinha a carroceria na cor cinza, o teto em laranja, rodas de liga leve aro 17 com quatro furos e dez raios, e pneus de uso rodoviário medidas 205/55.

Os freios serão a disco na dianteira e a tambor na traseira, como os do EcoSport e Renault Duster. O HR-V e o Renegade usam freios a disco nas quatro rodas. Por dentro, o carro é espaçoso. O veículo exibido tinha todo o acabamento em couro, combinando com a cor do teto. O painel é atraente. O quadro de instrumentos tem apenas o velocímetro analógico – todas as outras informações ficam do lado esquerdo, agrupadas em formato digital. Já rodando pelo Brasil com a tocha olímpica, o Kicks está pronto para a briga. Resta saber se conseguirá ganhar uma medalha a partir de 5 de agosto.

Compare os 12 concorrentes

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A Nissan não abriu informações sobre motorização, versões e preços do Kicks, mas seu presidente, Fran Dossa, deu a entender que o ele vai mirar os clientes do HR-V. (Nota da Redação: após a publicação desta reportagem, a Nissan iniciou a pré-venda do Kicks). O crossover da Honda tem uma versão manual de R$ 78.700 e três versões automáticas de R$ 84.900, R$ 90.600 e R$ 99.200. Acreditamos que a Nissan será bem mais agressiva em preços do que a Honda, principalmente considerando a menor potência do Kicks e os freios a tambor na traseira, é mais provável que o novo crossover japonês fique na faixa de R$ 70.000 a R$ 90.000.

Vale a pena esperar o Kicks? Difícil dizer sem saber qual será o nível de equipamentos de cada versão. Mas, para que você comece a amadurecer sua decisão, preparamos um guia com as informações mais relevantes de seus 12 concorrentes. Consideramos somente as versões até R$ 90.000. Nas próximas seis páginas, você encontra um verdadeiro raio-x sobre os futuros rivais do Nissan Kicks: Chevrolet Tracker, Ford EcoSport, Honda HR-V, JAC T5, JAC T6, Jeep Renegade, Lifan X60, Peugeot 2008, Renault Duster, Suzuki Grand Vitara e Suzuki S-Cross. O guia a seguir é útil também para quem busca um crossover nessa faixa e não quer esperar até agosto.

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Chevrolet Tracker
Beleza, robustez e alto consumo

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OTracker ocupa uma boa quinta posição no ranking de vendas, à frente de modelos mais badalados como Hyundai Tucson e ix35, Peugeot 2008 e Toyota SW4. O Chevrolet tem um visual bonito e robusto e já vem com rack de teto. A direção tem assistência hidráulica. Ele tem apenas duas versões, ambas 1.8 flex de 140/144 cavalos com câmbio automático de seis marchas. Infelizmente, o Tracker é um dos raros carros ainda não submetidos ao teste de consumo do Inmetro (suas médias devem ficar em torno de 6,5 km/l com etanol e de 8,5 km/l com gasolina). Dos oito equipamentos da nossa lista, o LT (R$ 77.790) tem apenas isofix. As rodas de liga leve são aro 16. Por R$ 8.200 a mais, o LTZ (R$ 85.990) acrescenta tela multimídia de 7”, piloto automático, câmera de ré, rodas aro 18 e ajuste de profundidade no volante. O único pacote opcional do Tracker LTZ custa R$ 5.000 e inclui airbags laterais e teto solar (completo, custa R$ 90.990). Apesar do motor potente, o Tracker peca pela ausência do controle de tração/estabilidade, um item importante para um carro alto.

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Ford EcoSport
Agora mais potente e econômico

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Ex-queridinho da categoria, o EcoSport tem três versões manuais e três automatizadas de R$ 68.490 a R$ 86.390, incluindo uma 4×4. Quatro usam o novo motor 1.6 flex TiVCT, de 126/131 cv (só o SE manual mantém o 1.6 de 110/115 cv). Todos têm direção elétrica, sistema Sync e isofix (único item da nossa lista presente no SE manual). O SE PowerShift e o FreeStyle acrescentam piloto automático, assistente em subida e controle de tração/estabilidade. O FreeStyle Plus ganha airbags laterais/cortina e bancos de couro. O novo 1.6 fez o Ford ficar mais econômico que Honda HR-V e Jeep Renegade. A transmissão PowerShift tem dupla embreagem e é melhor do que muitas caixas automáticas convencionais. Vale notar que a versão 4×4 ganha, além da tração, o mesmo pacote do FreesStyle Plus, e, ainda, o motor 2.0 de 141/147 cv. Uma pechincha!

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Honda HR-V
Ótimo de guiar, mas sem conectividade

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Ocrossover japonês é o líder de vendas da categoria. Mais que isso: é o sexto carro mais vendido do País! Um feito incrível para um carro cuja versão mais barata custa R$ 78.700. O LX é o único da faixa pesquisada e sai por R$ 84.900 com câmbio automático. Os equipamentos do LX com e sem o pedal de embreagem são exatamente os mesmos (mas são poucos, pelo que custa): assistente de partida em subida, isofix, direção elétrica e rodas de liga leve aro 17. A diferença está mesmo na transmissão. O câmbio automático do HR-V é do tipo CVT, que funciona de forma contínua e não com mudanças de marchas – assim, ele é 0,2 km/l mais econômico (com etanol ou com gasolina). O Honda HR-V utiliza um motor 1.8 flex de 139/140 cv. Esse é o seu grande trunfo, pois entrega ao motorista uma desenvoltura que não se vê em seus principais rivais (Jeep Renegade e Ford EcoSport). O visual esportivo também é outro ponto forte do HR-V. Entretanto, a falta de um display multimídia (disponível só na versão de R$ 99.200), deixa o HR-V atrás de carros como o Peugeot 2008, o Lifan X60 e o Renault Duster (bem mais baratos) em termos de conectividade.

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Hyundai Tucson
Tem projeto de 2004 e ainda agrada

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Faz alguns anos que o Tucson deixou de ser o principal objeto de desejo das famílias brasileiras, pois o mercado ganhou carros contemporâneos, mas ele ainda ostenta uma ótima sexta posição no ranking. A fórmula continua agradando, embora seu desenho não desperte paixões. Com duas configurações na versão GLS automática (Base por R$ 69.990 e Top por R$ 74.990), ele cativa pela boa potência do motor 2.0 flex (142/146 cv), pela carroceria alta e pela agilidade na cidade, com posição de dirigir elevada. O GLS Base não oferece nenhum item da nossa lista de equipamentos, mas o GLS Top traz tela multimídia, GPS e câmera de ré. O alto consumo é o ponto fraco do Tucson e denuncia a idade do projeto (2004). As médias de autonomia do Hyundai são as piores entre os 12 concorrentes do Nissan Kicks: 5,4 km/l com etanol e 7,6 km/l com gasolina. Esse é o preço cobrado por seu câmbio automático ultrapassado, de apenas quatro marchas. A direção tem assistência hidráulica.

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JAC T5
Novo chinês da hora em 3 pacotes

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Ocrossover chinês é vendido em versão única com motor 1.5 flex de 125/127 cavalos, mas a JAC o dividiu em três configurações para facilitar a vida do consumidor: Pack 1 (R$59.990), Pack 2 (R$ 66.990) e Pack 3 (R$ 70.690). O T5 Pack 1 tem apenas isofix e direção elétrica. Por R$ 7.000 a mais, o Pack 2 acrescenta assistente em subida e controle de tração/estabilidade. Com mais R$ 3.700, é possível comprar o T5 completo, Pack 3, que ganha tela multimídia e câmera de ré. Pelos preços, só as configurações básica e completa valem a pena. Graças a um câmbio manual de seis marchas, o JAC T5 tem bons números de consumo. Ele faz 7,4 km/l com etanol e 10,6 km/l com gasolina. Lançado para brigar diretamente com o Lifan X60, já roubou vendas do rival, que caiu de 241 para 132 emplacamentos (março/abril), enquanto o T5 subiu de 60 para 152. O JAC T5 usa rodas de alumínio aro 16 e tem freios a disco nas quatro rodas. Em breve, passará a ser fabricado no Brasil.

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JAC T6
Mal equipado, tenta atrair pelo porte

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Assim como seu irmão T5, o JAC T6 também tem apenas uma versão dividida em três configurações (Packs 1, 2 e 3). Maior e mais caro, o T6 não é uma compra atraente. Seu motor não é flex. Trata-se de um 2.0 a gasolina com 160 cv de potência. O câmbio é manual de cinco marchas. Seus números de consumo não são divulgados (o JAC T6 não participa das medições do Inmetro). Da nossa lista de equipamentos, o T6 Pack 1 (R$ 74.790) só tem isofix. A direção tem assistência elétrica, mas as rodas são feias, de aço (aro 17).O T6 Pack 2 (R$ 80.790) oferece rodas de alumínio e algumas “perfumarias”. Já o T6 Pack 3 (R$ 84.890) ganha tela multimídia e câmera de ré. Para um carro chinês na faixa de R$ 75.000/85.000, a oferta de equipamentos é decepcionante. Todavia, dos 12 carros pesquisados, o T6 é o segundo mais potente. Só perde para o Peugeot 2008, que tem 13 cavalos extras, melhor oferta de equipamentos e consumo menor. A vantagem do T6 é ser maior e mais confortável.

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Jeep renegade
O mais equipado tem o menor bagageiro

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O Renegade é o segundo carro mais vendido da categoria. Sua qualidade construtiva e seu apelo emocional são incontestáveis. Além disso, o Longitude (disponível apenas com câmbio automático) é o mais bem equipado entre todos os 38 carros pesquisadas. Por R$ 88.490, vem com tela multimídia, navegador por GPS, piloto automático, câmera de ré, assistente de partida em subida, controle de tração/estabilidade e isofix. O Sport (manual por R$ 74.990 e automático por R$ 81.990) só traz de série os três últimos itens. As duas versões oferecem airbags laterais opcionais por R$ 3.250. O Renegade já sai de fábrica com rodas de liga leve (aro 16 no Sport e 17 no Longitude), direção elétrica e sistema anticapotamento. O motor 1.8 flex de 130/132 cv faz 7,0 km/l com etanol e 10,1 km/l com gasolina. O câmbio manual tem cinco marchas e o automático, seis. O grande pênalti do Renegade é o seu pequeno porta-malas, de apenas 260 litros. Para quem costuma viajar com a família, isso pode exigir uma certa disciplina na hora de fazer as malas.

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Lifan X60
Um facelift perto da nova geração

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Ochinês mais vendido do Brasil tem duas versões com motor 1.8 a gasolina de 128 cv. O câmbio é manual de cinco marchas, a direção tem assistência hidráulica e os freios são a disco nas quatro rodas. Tanto o Talent S (R$ 61.990) quando o VIP (R$ 65.990) já vêm com tela multimídia de 7”, navegador por GPS, câmera de ré e isofix para cadeirinhas. As rodas são de liga leve em ambos, mas com aro 17 no Talent S e com aro 18 no VIP (inclusive nos estepes). Além disso, a única diferença entre eles é o teto solar elétrico do VIP. O X60 também não participa do programa de etiquetagem do Inmetro. Em outubro, antes do Salão de São Paulo, a Lifan deve apresentar um facelift do X60, que também ganhará uma versão com transmissão automática CVT, ainda dentro dessa faixa de preço. Apesar de liderar as vendas anuais, o X60 vendeu menos que o T6 em abril. Isso deve se manter até o facelift. Mas, atenção: até o final de 2017 já deve chegar a nova geração do Lifan X60 (leia mais aqui).

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Peugeot 2008
Tem o melhor motor e bons preços

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O crossover produzido em Porto Real (RJ) é injustiçado pelos brasileiros. Só o preconceito contra a Peugeot (ou a má fama de sua rede) explica o fato de o 2008 ocupar apenas o sétimo lugar no ranking e vender seis vezes menos do que o Honda HR-V. O carro é ótimo, exibe um visual atraente, tem garantia de seis anos e seus preços são muito competitivos. O 2008 tem quatro versões com motor 1.6 flex de 115/122 cv entre R$ 70.290 (Allure manual) e R$ 78.090 (Griffe automático). O Allure já vem com tela multimídia, piloto automático e airbags laterais. O Griffe acrescenta GPS. As duas versões automáticas têm câmbio de apenas quatro marchas e são menos econômicas que as manuais. A cereja do bolo é o Griffe THP. Seu 1.6 turboflex entrega excelentes 165/173 cv. Vendido apenas com câmbio manual, o Griffe THP custa R$ 82.690 e tem, além dos itens citados, assistente em subida, controle de tração/estabilidade e airbags de cortina.

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Renault Duster
Robustez acima de tudo

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ODuster é robusto, disso ninguém duvida. E para justificar sua fama, tem duas opções bastante valentes com motor 2.0 e tração 4×4. As três versões 1.6 flex de 110/115 cv usam câmbio manual de cinco marchas. O Expression não tem nenhum dos ítens da nossa lista. O Dynamique vem com tela multimídia e GPS. O Dakar acrescenta piloto automático e câmera de ré tanto na versão 4×2 quanto na 4×4. Já o Dynamique 2.0 pode ser manual ou automático com tração dianteira (sem câmera de ré) ou apenas manual com tração 4×4 (com câmera de ré). Oferecendo sete versões, duas motorizações, dois tipos de tração e duas caixas de câmbio numa faixa inferior a R$ 21.000 (de R$ 66.490 a R$ 87.250), o Duster atende quase a todos os gostos e necessidades. Uma curiosidade sobre o Duster é que ele não é um legítimo Renault, francês, mas sim um Dacia, nascido na Romênia. Isso explica sua robustez. O Dacia, ops, Renault Duster, é o quarto crossover mais vendido do Brasil.

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Suzuki Grand Vitara
Tração traseira pela tradição de SUV

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OGrand Vitara está posicionado numa faixa superior, mas duas de suas oito versões custam menos de R$ 90.000. Ambas são 2.0 a gasolina de 140 cavalos – uma com câmbio manual de cinco marchas (R$ 85.900) e outra com transmissão automática de quatro (R$ 89.700). Apesar da caixa AT4, o Grand Vitara automático é um pouco mais econômico: faz média de 8,2 km/l, contra 8,5 km/l do manual. Esse Suzuki mantém o seu DNA de veículo utilitário esportivo: é o único da lista a ter tração traseira (acima da faixa de preços pesquisada, também tem versões 4×4). Claro que, por ser “traseiro”, sua dirigibilidade lembra a dos antigos SUVs, apesar de ter suspensão independente nas quatro rodas. Sua carroceria é do tipo monobloco com chassi. O Suzuki Grand Vitara é bonito, elegante e robusto, mas seu mercado é de menos de 60 unidades/mês. Seu grande momento foram os anos 90, quando o Vitara era um carro da moda. Da nossa lista de equipamentos, só tem piloto automático (mesmo assim, apenas na configuração AT4). Os faróis de neblina são opcionais na versão manual.

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Suzuki S-Cross
Campeão da economia e câmbio CVT

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Oútimo carro da nossa lista é um modelo interessante para quem busca praticidade e baixo consumo. Se o motor 1.6 a gasolina entrega apenas 120 cv de potência, por outro lado o transforma em campeão de economia. O GL (manual de cinco marchas) faz média de 11,8 km/l e o GLX (automático CVT) vai ainda mais longe: faz 12,5 km/l. O GL custa R$ 87.900 e vem com piloto automático, isofix e rodas de liga leve aro 16. O GLX sai por R$ 87.900 e acrescenta assistente de partida em subida, airbags laterais e de cortina, controle de tração/estabilidade e rodas aro 17 diamantadas com fundo preto. Sua altura do solo é um tiquinho menor do que a do GL. O câmbio CVT do S-Cross GLX tem sete marchas simuladas. Por ser um carro de dimensões menores, o estepe do Suzuki tem rodas pequenas, de aço, para uso emergencial. O S-Cross tem direção elétrica e ocupa o oitavo lugar no ranking, com mais de 300 vendas/mês. Pena que as versões de entrada não tenham a interessante opção de trocar a cor do teto, como nas mais caras.

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