Ainda é cedo demais para sentenciar, mas pelo que indicam os números da Fenabrave, o Voyage, por enquanto, não caiu nas graças do consumidor – e está longe de alcançar a perfomance almejada pela Volkswagen, de 80 mil carros/ano.

Para alcançar a meta, é preciso que pelo menos 6.600 unidades do modelo sejam comercializadas por mês, mas, em novembro, foram apenas 2.503 unidades, o que coloca o sedã quase em um empate com o Fiesta Sedan, mas bem atrás dos líderes do segmento. Para se ter uma idéia, o primeiro colocado, o Corsa Sedan (incluindo Classic) fechou o mês com 6.041 unidades vendidas e o segundo, o Siena, contabilizou 5.174 emplacamentos. Claro que, com pouco tempo de mercado, o recém-lançado três volumes tem tempo de sobra para virar o jogo. Aliás, não só tem tempo, como também virtudes suficientes para conseguir esse feito.

Construído sobre uma plataforma moderna, o Voyage é um dos melhores do segmento em dirigibilidade. Como poucos, tem suspensão firme para contornar curvas e, ao mesmo tempo, garante conforto. A carroceria não balança em curvas e frenagens, a posição de dirigir é privilegiada, a habitabilidade é agradável, o porta-malas é bom e o seu design harmônico.

O carro avaliado, de entrada, é ainda impulsionado por um excelente 1.0 de 76 cv e 10,6 kgfm de torque (com álcool), que garante retomadas ágeis (para um 1.0, é claro) com consumo contido. O que não agrada muito é seu preço. Apesar de vendido por cerca de R$ 30 mil na versão básica, por esse valor oferece muito pouco. O modelo avaliado – com ar, direção, trio elétrico e outros mimos – chega perto dos R$ 40 mil. Talvez essa seja a razão das vendas ainda baixas. Por este preço, o mercado oferece muitas opções e o consumidor faz as contas na ponta do lápis.