O interior tem acabamento mediano (e o contagiros “cresce” para baixo). Acima, o ar com display digital e o banco do passageiro vira mesa

Depois de comparar a Montana Sport com as rivais (o que zemos na edição 331), agora é hora de conferir a versão de trabalho pesado. A Montana cresceu e hoje tem a segunda maior caçamba do segmento. A marca a rma que o carro passa a impressão de que pertence a um segmento superior. Exageros à parte, o fato é que ela ganhou a nova identidade visual da marca, o que resultou em um design “fora da média” do segmento.

A posição mais elevada do motorista, além de proporcionar um ângulo maior de visão, passa a impressão de que o espaço interno está sendo melhor aproveitado. Mesmo mais alta do que o Agile, o bom acerto de sua suspensão faz com que sua dirigibilidade não seja prejudicada. Ela contorna curvas sem causar susto no motorista – e com bastante agilidade.

A versão top de linha Sport vem tão completa que não tem opcionais – apenas acessórios. Já a LS, avaliada aqui, é o oposto. Voltada para o trabalho, ela custa R$ 31.990 e, de série, só vem com cintos de segurança com ajuste de altura, brake light, protetor de caçamba, para-choques da cor do veículo, sistema de advertência sonoro de faróis ligados e banco do motorista com regulagem de altura. Adicionando o pacote mais completo de opcionais, com cor metálica, rodas aro 15, direção hidráulica, computador de bordo, volante com regulagem de altura, ar-condicionado, banco do passageiro rebatível, alarme, vidros e travas elétricas, freios ABS, airbag e janela traseira corrediça, seu valor vai para R$ 40.760.

O carro acima praticamente nunca será vendido, pois tem todos esses equipamentos e, ainda, rodas de alumínio aro 14, faróis de neblina, santantônio, extensão do console e CD player, que são vendidos como acessórios somente nas concessionárias. Com isso, o seu preço passaria fácil o da Sport que custa R$ 44.040.

Equipada apenas com motor 1.4 ex (o mais potente do mercado com esse tamanho), ela tem desempenho bastante equilibrado. Não anda como o antigo 1.8, mas consome menos. Na medida para uso com a caçamba vazia, mas insu ciente para levar muito peso.

Mesmo com todas essas novidades, a Montana ainda está longe de alcançar as vendas das líderes Strada e Saveiro. A ausência de uma versão com cabine estendida pode custar ao modelo uma longa permanência no terceiro lugar do segmento, posição que ocupa há muito tempo.