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A Toyota enfim acaba de apresentar em Mendoza, Argentina, a aguardada oitava geração da picape Hilux. A novidade chega daqui às concessionárias no próximo dia 18 (confira aqui a contagem regressiva oficial) em cinco versões com preços a partir de R$ 118.690 com cabine simples e R$ 130.960 com cabine dupla (além de uma versão cabine-chassi de R$ 114.860). E ela tem uma missão importante: recuperar todo o prestígio e a fama que a sétima geração já teve –  mas o tempo acabou levando.

Explico: em 2005, quando a Hilux que agora se aposenta agora chegou ao Brasil (foi lançada globalmente em 2004), ela revolucionou o mercado de picapes. Enquanto suas rivais eram barulhentas, desconfortáveis e ruins de guiar, a Hilux mostrava uma dose de refinamento que, ao volante, a deixava mais próxima de um carro de passeio. Suas concorrentes Chevrolet S10, Ford Ranger, Mitsubishi L200 e Nissan Frontier, porém, não perderam tempo e correram atrás do prejuízo: cresceram e se sofisticaram. Até a Volks acabou entrando na disputa com sua excelente Amarok. Assim, de repente a Hilux não era mais tudo isso: deixou de ser a principal referência do segmento, a melhor picape de se guiar.

O intervalo entre a sétima e a oitava geração foi enorme – onze anos, o maior da história da picape (com duas reestilizações nesse período). Mas ao que tudo indica, a marca agora caprichou: os engenheiros da Toyota refizeram a picape do zero. Estão a chamando de “nova era das picapes”. Ela tem uma plataforma totalmente nova. São inéditos chassi, motor, suspensões, câmbio, painel, bancos… tudo.

Para começo de conversa, o novo design – com influência do Corolla – veio acompanhado de um aumento nas dimensões da carroceria: a nova Hilux é 2 cm mais larga e 7 cm mais longa que a anterior. Os para-choques estão mais largos, as lanternas tem novo grafismo, a linha de cintura está mais marcada.

O interior buscou também o Corolla como referência. Linhas horizontais, volante multifuncional, painel de instrumentos com tela de 4,7 polegadas multifunção e outros elementos são compartilhados com o sedã. Mas a central multimídia é melhor que a dele: tem tela maior (7 polegadas) e “flutuante” como nos Mercedes-Benz, além de novos recursos, como customização de ajuste do veículo. Outra novidade está no banco traseiro: agora há saídas de ar-condicionado para ele (e também no porta-luvas). Nos equipamentos, passa a ser a única com entrada e partida sem chave. Para completar, o banco traseiro é bipartido e espaço para os joelhos aumentou. Outra boa mudança está na posição de dirigir: agora o modelo conta com ajuste de altura e profundidade do volante (antes era ajustável só em altura).

Em segurança, além de já ter garantido cinco estrelas no Latin NCAP, a nova Hilux vem com isofix, controle de estabilidade e tração e assistente de partida em subidas (a partir da SRV) e sete airbags e auxílio em descidas (na SRX). Além disso, as suspensões agora contam com curso maior (aumentaram as molas), o que aumenta conforto e melhora estabilidade, segundo a marca.

Na mecânica, o antigo motor 3.0 turbodiesel foi trocado por uma unidade 2.8 um pouco mais potente e bem mais forte. Enquanto a Hilux 3.0 tinha 171 cv e 36,7 kgfm, a nova 2.8 tem 177 cv e 45,9 kgfm (25% mais é bastante coisa!). Para comparação, a versão a diesel topo de linha da Amarok 2.0 tem 180 cv e 42,8 kgfm, a da Ranger tem 200 cv e 47,9 kgfm, a da S10 tem 200 cv e 51 kgfm, a da L200 Triton tem 180 cv e 38 kgfm e a da Frontier, que acaba sendo a mais próxima da nova Hilux, tem 190 cv e 45,8 kgfm.

Como de costume, a marca não divulga dados de desempenho, mas obviamente ele vai melhorar bastante em relação à Hilux que sai de linha e ficar mais próximo do da maioria das concorrentes. E o engenheiro-chefe da marca, Hiroki Nakajima, diz ter reduzido ruído e melhorado a eficiência da picape. O desempenho deve ser ajudado também pelo câmbio automático, outra novidade: no lugar do antigo cinco marchas, há uma nova caixa de seis velocidades. A tração é sempre traseira ou 4×4, selecionável por botão e com reduzida para o off-road.

Amanhã teremos a primeira experiência ao volante da picape e publicaremos a avaliação e outras informações aqui. Por enquanto, confira acima a galeria de fotos e, abaixo, o detalhamento das versões a diesel, preços e equipamentos. O motor flex deve chegar só no segundo semestre – depois que a Toyota analisar bem o estrago que Fiat Toro e Renault Duster Oroch vão fazer no segmento (e a Hilux que se prepare, pois nos próximos anos chegam as novas Frontier, Ranger e L200, além das novas picapes Renault e Mercedes – e, quem, sabe, até mesmo uma atualização da Amarok).

VERSÕES, PREÇOS E EQUIPAMENTOS

Chassi-cabine R$ 114.860
Direção hidráulica progressiva, ar-condicionado, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, medidor de economia de combustível, aviso sonoro de chave na ignição e luzes acesas, limpador do para-brisa com temporizador e nivelador dos faróis, airbags frontais e para o joelho do motorista.

Standard 4×4 CS MT – R$ 118.690
Soma modos de condução eco e power e fixação Isofix para cadeiras infantis.

Standard 4×4 CD MT – R$ 130.960
Mesmos da Stardard CS

Hilux SR CD – R$ 162.320
Acrescenta vidros, travas e retrovisores elétricos, chave canivete, porta-luvas refrigerado, volante multifuncional e central multimídia com leitor de DVD, câmera de ré e rodas de liga leve de 17 polegadas.

Hilux SRV CD – R$ 177.000
Soma bancos de couro, controle de estabilidade, tração e reboque, painel TFT e central multimídia com navegador GPS e TV digital, controle automático de velocidade (piloto automático), faróis de neblina, ar-condicionado automático digital com saída para os bancos traseiros e tomada elétrica 220v, assistentes de reboque, subida de rampas e os controles de tração e estabilidade.

Hilux SRX CD – R$ 188.120
Mais completa da linha, traz partida sem chave, faróis de LED com acendimento e nivelamento automático, luz diurna e rodas de 18 polegadas. Já a lista de itens de segurança inclui airbags frontais, laterais, de cortina e para os joelhos, assistente de descida em ladeiras.

FICHA TÉCNICA
Toyota Hilux 2016
Preço básico: R$ 118.960
Motor: 4 cilindros em linha 2.8, 16V, turbo common rail
Cilindrada: 2755 cm3
Combustível: diesel
Potência: 177 cv a 3.400 rpm
Torque: 45,9 kgfm de 1.600 a 2.400 rpm (manual: 42,8 kgfm de 1.400 a 2.600 rpm)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas ou manual de seis marchas
Direção: hidráulica
Suspensão: duplo A (d) e eixo rígido com molas semielípticas (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: 4×2 ou 4×4, com reduzida e bloqueio
Dimensões: 5,33 m (c), 1,855 m (l), 1,815 m (a)
Entre-eixos: 3,085 m
Pneus: 225/70R17 (Standard e Chassi-cabine), 265/65R17 ou 265/60R18
Caçamba: não divulgada
Tanque: 80 litros
Peso: 2.075 kg
0-100 km/h: não divulgada
Velocidade máxima: não divulgada
Consumo cidade: – automática 9,3 km/l – manual: 9,0 km/l
Consumo estrada: automática 11,3 km/l – manual: 10,5 km/l
Emissão de CO2: SEM DADOS
Nota do Inmetro: Não participa (carro a diesel)
Classificação na categoria: Não participa