VECTRA GT-X REMIX R$ 64.134

No mês passado, mostramos o novo Vectra que, depois de uma série de modificações, ganhou o sobrenome Next Edition. Agora, chegam os hatches, GT ou GT-X, também com novidades e um sobrenome diferente: Remix. A diferença de nomenclatura faz parte da estratégia da marca de separar os produtos – o sedã para um consumidor mais conservador e com mais idade; o hatch, apostando na esportividade (inclusive com esta nova cor azul, usada nos esportivos europeus da Opel, divisão da GM), para conquistar clientes jovens e endinheirados.

Mas, basicamente, são o mesmo carro. E o remix feito no hatch é, de maneira geral, o mesmo que foi feito no sedã. Para ficar claro para quem não curte música eletrônica, remix é um termo usado para classificar uma versão modificada de uma música conhecida, feita com a adição ou subtração de elementos, variações no ritmo, equalização, etc. O mesmo foi feito no Vectra, com alguns itens adicionados (e outros subtraídos) e novidades no motor. Os preços do modelo GT com câmbio manual começam em R$ 56.034. Já o GT-X automático, top de linha (fotos), custa R$ 67.912.

A maior novidade, sem dúvida, está sob o capô. O motor flex 2.0 8V, como detalhamos na matéria do sedã, sofreu modificações (coletor de escape tubular em aço inox, catalisador mais próximo ao motor, calibragem mais magra da mistura ar/combustível, coletor de admissão em plástico e adoção de roletes na distribuição). O resultado foi um ganho na potência, que subiu de 128 cv a 6.000 rpm para 140 cv a 5.600 rpm, e uma ligeira melhora no torque máximo, agora atingido a 2.600 rpm (antes 2.800 rpm).

Houve uma melhora também no consumo em estrada que foi de 14,8 km/l para 15,5 km/l com gasolina e de 10,5 km/l para 10,8 km/l com álcool. Já na cidade, a média piorou com gasolina (11,2 km/l para 10,6 km/l) e manteve-se igual com álcool (7,5 km/l).

O remix continua no interior, com novo desenho dos bancos e novos itens de série (com destaque para o sistema de som com entrada para cartões SD e conexão bluetooth), os retrovisores externos rebatíveis eletricamente, com luzes de direção integradas e iluminação do chão, e porta-copos no banco traseiro, tudo isso somado ao antigo pacote de equipamentos.

Ao volante, a melhoria foi sutil. Apesar de ter um motor que é também um remix de uma unidade antiga, ele acelera bem, graças ao bom torque em baixas rotações, e o câmbio tem engates curtos. O nível de ruído interno é baixo e o comportamento dinâmico é bom: com nova calibração dos amortecedores, a carroceria inclina pouco sem sacrificar o conforto. O sistema de direção poderia ser mais bem isolado – o volante sente demais as irregularidades.

O Vectra Remix tem qualidades para satisfazer os clientes fiéis à marca, mas ainda deve ser difícil para ele assumir a liderança do segmento.