A Série 1 foi uma aposta arriscada da BMW, mas deu certo. O hatch de design inusitado, ao contrário do que muitos esperavam, gerou bons resultados de vendas, e a marca decidiu ampliar a família. A versão cupê já é vendida em diversos países e deve chegar ao Brasil em breve. Enquanto isso, a BMW começa a importar o 120i Cabrio, versão conversível do modelo.

Trata-se de uma novidade pela metade: não estamos falando da carroceria, mas do fato de que na Europa seu motor é mais moderno, com um pacote de avanços batizado “Efficient Dynamics”, que inclui, por exemplo, o sistema “Start-Stop”, que desliga automaticamente o motor quando o carro pára por alguns instantes, e os freios regenerativos.

Além de mais econômico, o modelo europeu tem maior potência (170 cv, contra 156 cv do 120i vendido aqui) e, logo, melhor desempenho. Preocupados como consumo e a emissão de poluentes, eles levam, de quebra, um pouco mais de esportividade – e nós ficamos sem os avanços conquistados por lá. Menos tecnologia, nesse caso, significou mais consumo, mais emissão de poluente e menor desempenho.

Curioso também é o fato da BMW inicialmente lançar aqui o Série 1 Cabrio apenas com este motor quatro cilindros 2.0 16V e câmbio automático seqüencial de seis marchas. No hatch há também a opção do seis cilindros de 265 cv, e mesmo o conversível, em outros países, é vendido na versão 135i – com o mesmo magnífico motor biturbo que equipa o 335i.

Se você não faz questão de esportividade, este conversível de teto de lona, por R$ 176 mil, custa bem menos que os R$ 202 mil da versão hatch seis cilindros. Não fosse um BMW, seu desempenho seria adequado: 0 a 100 km/h em 9s2 e máxima de 214 km/h. Mas, para um conversível de uma marca que sempre priorizou o prazer de dirigir, pode ser considerado pouco. Aí vale esperar o endiabrado 135i com 306 cv, que acelera de 0 a100 km/h em cerca de 5 segundos e chega no ano que vem (com o cupê).

No interior, parte do luxo do 130i hatch também foi abolida: os bancos não têm regulagem elétrica e não há o (complicado) sistema i-Drive, entre outras coisas. Por outro lado, o couro tem pigmentos especiais que evitam que ele aqueça demais quando exposto ao sol, tecnologia exclusiva da marca.

Concorrentes diretos ele não tem, mas o Peugeot 307 e o Renault Mégane conversíveis vêm com motor 2.0, são ligeiramente maiores e cerca de R$ 30 mil mais baratos – com a vantagem da capota rígida. O 120i responde com a tração traseira, que torna a pilotagem mais divertida. Um carro que oferece todo o status que o comprador da marca deseja, mas sem a esportividade e sofisticação que sempre caracterizam os modelos da BMW.

 

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