Muita disputa e competitividade nas pistas. Assim é a Copa Petrobras de Marcas e Pilotos, nova categoria do automobilismo nacional promovida pela Vicar. Inspirada no FIA WTCC (mundial de turismo), nesta primeira temporada participam Honda, Chevrolet, Ford e Toyota. “As negociações aconteceram diretamente com as marcas. Buscamos um conceito já usado nos principais campeonatos de turismo do mundo, com alto desempenho e bastante controle dos custos”, explica Maurício Slavieiro, diretor-geral da Vicar.

Os carros são totamente diferentes dos da Stock Car. “Não é possível uma comparação entre as categorias. O Stock Car é um carro de competição com chassi único para todos. No Marcas e Pilotos, os bólidos são desenvolvidos a partir do modelo de rua e recebem uma estrutura para proteger o piloto (santantônio)”, diz Slavieiro. As únicas peças construídas em fibra de vidro são o capô (idêntico ao original), as saias laterais e os para-lamas. “De resto, tudo é de lata como no carro de rua”, comenta José Giaffone Filho, da JL Indústria, empresa responsável pelas modificações dos bólidos.

Todos correm de igual para igual. Os motores, importados da Argentina, têm quatro cilindros e geram 300 cv a 7.100 rpm. Todos eles são iguais e desenvolvidos pelo argentino Orestes Berta, renomado preparador que coleciona no currículo até passagens pela Fórmula 1. A transmissão é sequencial de seis marchas e a tração é dianteira. Outros componentes são as rodas OZ Racing, pneus Pirelli PZero slicks, freios AP (importados da Inglaterra) com discos Fremax e pastilhas Ecopads. O peso máximo estipulado pelo regulamento é de 1.090 kg (carro e piloto).

Acima, o motor quatro cilindros de 300 cv que é compartilhado entre todos os carros da categoria e o interior de um carro, com santantônio

O acerto de cada equipe é que vai decidir as vitórias nas oito etapas da temporada, realizadas sempre em duas baterias, com 20 carros no grid. “A competitividade é grande. Caso haja colisão na primeira bateria, temos que arrumar o carro rapidamente para voltarmos para a segunda. É proibido carro reserva, justamente para conter os custos. E, como em um carro de rua, também temos seguro para diminuir os gastos com a reparação”, explica Maurício Ferreira, chefe da equipe Full Time Sports (oficial da Honda).

O campeonato é aberto a todos os pilotos que tenham o nível B da carteirinha da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), e o custo aproximado é de R$ 600 mil por carro a cada temporada – sem contar batidas ou quebras, que geram, claro, despesas adicionais. As corridas, sempre aos domingos, são transmitidas pela Rede TV!. O calendário com as datas de todas as etapas e mais informações sobre a Copa Petrobras podem ser conferidos no site www.brasileirodemarcas.com.br.

Participam dessa primeira temporada do campeonato Toyota Corolla, Chevrolet Astra, Honda Civic (acima, da esquerda para a direita) e Ford Focus (abaixo)