1. CITROËN GRAND C4 PICASSO A PARTIR DE R$ 89.990

2. RENAULT GRAND SCÉNIC A PARTIR DE R$ 87.990

Na MOTOR SHOW de dezembro passado, mostramos como este ano as peruas vão voltar ao mercado nacional, com novidades como VW Variant,nova PalioWeekend e nova Fielder, entre outras. Mas isso não quer dizer que o segmento de monovolumes vá acabar: eles ainda agradam pelo amplo espaço interno e pela modularidade.

No Picasso, bandejas para quem vai na segunda fileira. Mas, na versão que será vendida aqui, o DVD não vem como item de série

A reação das minivans começa antes mesmo de as peruas chegarem, e quem tem família grande ganha mais opções de compra. As novidades vão desde os monovolumes pequenos, como o novo Honda Fit, até os maiores e mais caros, como as novas e grandes Chrysler Town & Country, substituta da Grand Caravan, e Dodge Journey (veja na seção MotorNews).

A primeira a chegar às lojas, agora no começo de fevereiro, foi a Renault Grand Scénic, e no começo de abril começa a ser vendida sua concorrente direta, a Citroën Grand C4 Picasso, que avaliamos no fim de 2006, mas a marca só conseguiu importar agora.

Na verdade, as duas reeditam uma velha briga: em 1999/2000, as duas marcas francesas brigavam com Xsara Picasso e Mégane Scénic, que apresentaram aos brasileiros os monovolumes do tipo e causaram uma “febre das minivans”, como também são conhecidas. A dupla promete causar dor de cabeça na GM, que até hoje vendia a Zafira na versão com sete lugares sem concorrentes diretos. Agora, as novatas chegam com a terceira fileira de bancos e preço competitivo com os cerca de R$ 85 mil da Zafira “top” (trazer a nova geração da Zafira, como está sendo estudado, ajudaria bastante a GM).

O Citroën tem mais porta-objetos, espelho para vigiar as crianças e ar-condicionado automático (acima). O câmbio fica na coluna de direção, com opção seqüêncial, e os bancos têm regulagem elétrica (à direita). O teto panorâmico é opcional, e a tela de LCD não será oferecida aqui

E as duas novidades têm muito em comum: preço inicial na casa dos R$ 90 mil, motores a gasolina 2.0 com 16V, potência e desempenho quase idênticos, desenhos ousados, espaço semelhante, painel digital central, transmissões automáticas de quatro marchas com opção de trocas seqüenciais, sensores de chuva, escuridão e estacionamento (dianteiros e traseiros) e freio de mão automático (quando a alavanca de câmbio é colocada em “P” ele é ativado automaticamente, e quando é colocada em “D”, e o acelerador pressionado, destrava sozinho – muito prático em carros com proposta de levar toda a família).

A Renault oferece menos porta-objetos no painel e volante com menos funções. Abaixo, o ar-condicionado digital automático, o cartão que substitui a chave e os porta-objetos nas portas. O teto-solar duplo é vendido em um pacote, junto com os bancos de couro, sem regulagem elétrica, que sai por R$ 6.600

Na Grand Scénic, muita modularidade: os bancos da segunda e terceira fileiras podem ser dobrados, ou até mesmo retirados, para liberar mais espaço

Observando a tabela de equipamentos abaixo, nota-se uma vantagem, em termos de tecnologia, para a Citroën (até por isso ela é um pouco mais cara): é a única com ar-condicionado de quatro zonas, suspensão traseira a ar, que pode ser rebaixada para melhor acesso ao porta-malas, controle de estabilidade, medidor de vaga (avisa se você cabe, ou não, no espaço livre entre dois carros), alerta de pressão dos pneus, um airbag extra (de joelho, para o motorista) e bancos com regulagem elétrica. Além disso, sua segunda fileira de bancos pode ser escondida no assoalho – na concorrente, ou fica dobrado, ainda ocupando espaço, ou é totalmente retirado do carro, o que é um tanto menos prático.

A Renault dá o troco com preço menor, garantia de três anos e suspensão mais confortável. MOTOR SHOW já havia avaliado a Grand C4 Picasso na edição de dezembro de 2006 (ela só não começou a ser vendida aqui antes porque os europeus consumiram toda a produção). Seu maior pênalti, como notamos ao dirigi-la na época, é, mesmo com a suspensão traseira a ar, repassar demais solavancos ao habitáculo em piso ruim.

Na Citroën, o ar-condicionado de quatro zonas tem saídas nas colunas traseira. Na Renault, há duto traseiro central, mas controles por zonas individuais

A Renault foi mais feliz no acerto da suspensão, com melhor equilíbrio entre conforto e segurança. E a posição de dirigir, incômoda na Mégane Scénic, agora é muito boa (o volante fica em uma posição mais vertical). O isolamento acústico da cabine também impressiona, com baixo nível de ruído. A Renault espera vender 100 unidades por mês, e a Citroën, um pouco mais otimista, entre 200 e 250.

Uma boa notícia é que, apesar de serem importadas (chegam com bom preço devido à valorização do real), fazem parte de famílias de veículos já vendidos aqui, com as quais compartilham muitos componentes. Isso significa que elas têm custo de manutenção mais barato que outros importados. Xsara Picasso e Mégane Scénic atuais continuam sendo vendidas, mas as duas novidades, que chegam em uma faixa de preço ligeiramente acima de suas versões top, servem muito bem para quem quer mais segurança e praticidade – ou então para as famílias que cresceram demais e aquelas mães que carregam os amigos dos filhos para todo lado.

Monovolumes para a família*

GM Zarifa

de R$ 64 mil a R$ 84 mil

Com motor 2.0, as versões mais baratas têm lugar para cinco passageiros. A versão Elite, top de linha, completa, leva sete pessoas e sai por R$ 84 mil. Mas a GM está estudando a possibilidade de lançar a nova geração da Zafira, já vendida na Europa

Mégane Scénic

de R$ 54 mil a R$ 75 mil

Desatualizada e com posição de dirigir ruim, ainda tem vendas razoáveis. Sempre com cinco lugares, é barata com motor 1.6 flex, mas nas versões 2.0 fica cara: a versão top, por R$ 75 mil, pode ser em parte “canibalizada” pela Grand Scénic

Xsara Picasso

de R$ 58 mil a R$ 73 mil

Bom espaço, mas leva só cinco passageiros. Oferece versões 1.6 flex e 2.0. Poderia ser substituída pela C4 Picasso, versão menor da Grand C4 Picasso vendida na Europa, mas fechou 2007 duas unidades na frente da Zafira – por isso, não deve mudar tão cedo

GM Meriva

de R$ 44 mil a R$ 58 mil

Essa faz parte da categoria dos monovolumes pequenos, com espaço pouco maior que o de um hatch, mas maior modularidade dos assentos e altura da cabine. Criação da GM do Brasil, não mudou quase nada desde o lançamento, em 2002

Fiat Idea

de R$ 42 mil a R$ 71 mil

Também um monovolume pequeno, tem motores 1.4 ou 1.8, ambos flex. Em 2007, foi o segundo mais vendido no segmento, um pouco atrás do Honda Fit e um pouco à frente da Meriva. É oferecida também na versão off-road light, a “Adventure”

Honda Fit

de R$ 47 mil a R$ 58 mil

Estes são os preços atuais do campeão de vendas da categoria. Com boa modularidade, tem motores 1.4 e 1.5, ambos flex, e mais espaço do que aparenta. A nova geração, da foto ao lado, chega este ano, e continua com o atraente câmbio CVT opcional

Mitsubishi Grandis

R$ 120 mil

Tem capacidade para sete pessoas e design futurista. Cerca de 25 cm maior que Grand Scénic e Grand C4 Picasso, tem mais potência, com um 2.4 de 163 cv, e grande modularidade. Mas, em compensação, é mais caro e não tem tantos mimos tecnológicos

Kia Carnival

R$ 145 mil

A proposta e as medidas são semelhantes às da Town & Country, abaixo, mas ela transporta até oito passageiros. Tem porta lateral corrediça e motor 3.8 V6 de 242 cv. O exagero nas medidas garante muito espaço (são mais de 5m de comprimento)

Chrysler Town & Country

R$ 180 mil

A novidade, que está chegando agora às lojas, substitui a antiga Grand Caravan. Com grande porte, esta sim leva sete adultos com muito conforto. Vem, de série, com o mesmo sistema MyGIG do Chrysler 300C (saiba mais na seção MotorNews)s

*(preços sugeridos e arredondados)