-> Potência de 530 cv

-> 0 a 100 km/h – 3s7

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191.815 Euros

A nova geração do Porsche GT2 dispõe de uma quantidade de cavalos jamais vista em um 911 homologado para as ruas. O motor boxer 3.6 de base é o mesmo do modelo Turbo, mas, com oportunas modificações na aspiração (possui um coletor de admissão de expansão, que reduz a temperatura da mistura) e com duas turbinas de geometria variável ainda maiores, o modelo alcançou a incrível marca de 530 cv de potência a 6.500 rpm, com torque de 69,3 kgfm entre 2.200 e 4.500 rpm. Estes números já são mais que suficientes para classificá-lo oficialmente como o 911 mais potente já produzido pela montadora.

A esportividade está em todos os detalhes: do grande aerofólio às rodas aro 19, sem esquecer os freios a disco de carbonocerâmica e, é claro, o design clássico da linha 911,que fala por si só

As duas turbinas de geometria variável fazem o GT2 acelerar como poucos: para domar tanta potência, o contagiros tinha mesmo de ser o maior destaque do painel

Em relação ao anterior, o retardo de resposta da turbina é menos evidente. Na faixa dos 2.200 giros ela já está desperta, e um pouco depois disso sopra a plenos pulmões, transformando o GT2 num estilingue. A determinação com a qual o ponteiro do contagiros procura atingir a zona vermelha é entusiasmante e o câmbio manual de seis marchas (e somente manual, não há opção Tiptronic para a versão) se revela um ótimo aliado nessa empreitada. A alavanca é um tanto endurecida em relação aos modelos menos bravos da marca e requer engates firmes, porém a precisão e a velocidade dos engates são tipicamente Porsche. O superesportivo acelera de zero a 100 km/h em apenas 3,7 segundos e passa dos 320 km/h de velocidade máxima, com um consumo médio bem próximo de 8 km/l. Bom para a proposta do carro.

Pensado para agradar aos mais puristas amantes de esportivos, o modelo marca pela “pureza”, e não explora muito da eletrônica embarcada. A tração – diferente do modelo Turbo, que é integral – está concentrada totalmente na traseira, e itens como ABS e ESP foram abolidos. Mas, apesar disso, o GT2 oferece uma dirigibilidade sem sustos, menos brutal e mais fácil, é bom que se diga, se comparada a outros modelos da marca. Não pela presença de sistemas como o controle de estabilidade, mas pela suspensão ativa, pela boa distribuição de peso, pela ajuda das rodas aro 19, calçadas com pneus Michelin semi-slick, e pelo uso dos freios a disco de carbono-cerâmica. Tudo foi pensado para se obter o menor peso e a melhor performance possível, com boa dirigibilidade em qualquer que seja a situação.

Por isso, a cada curva contornada, a cada acelerada na reta, o GT2 conquista o motorista que o conduz. É um modelo apaixonante e extrememente prazeroso de ser conduzido. E não estamos falando apenas de sua intríseca e extraordinária qualidade na estrada, mas principalmente de sua versatilidade. Um modelo que é capaz de fechar uma volta no velho circuito de Nürburgring em sete minutos e 32 segundos é o mesmo que leva seu proprietário ao trabalho todas as manhãs. E tudo com a mesma naturalidade. Esse é o verdadeiro encanto do 911 GT2.