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O Jeep Compass chegou à terceira geração e já está sendo produzido no Brasil. É o terceiro veículo que sai da fábrica da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) em Goiana, Pernambuco. O primeiro foi o Jeep Renegade e o segundo foi a picape Fiat Toro. A missão do novo Compass é ousada: colocar a Jeep na liderança mundial de SUVs/crossovers médios. E o mercado brasileiro é fundamental nessa estratégia. A FCA projeta um mercado de 132 mil SUVs médios para o Brasil em 2020, num total de 540 mil veículos desse segmento. O carro terá duas versões com motor a diesel e tração 4×4 e três configurações com motor 2.0 flex e tração 4×2.

As versões do Jeep Compass são as seguintes: Sport (R$ 99.990), Longitude Flex (R$ 106.990), Limited Flex (R$ 124.990), Longitude Diesel (R$ 132.990) e Trailhawk Diesel (R$ 149.990). As vendas começam no dia 5 de novembro. No resto do mundo, o novo Compass será lançado somente no início de 2017.

Segundo a Jeep, o Compass será a ponte entre seu modelo de entrada nacional (Renegade) e os de luxo importados (Cherokee, Grand Cherokee e Wrangler). O Compass era muito parecido com o Renegade em seus pós os primeiros esboços de design, mas adquiriu uma identidade própria ao longo de seu desenvolvimento e ficou mais próximo do Grand Cherokee. A plataforma é a mesma do Renegade, assim como o conjunto motor/câmbio (nas versões a diesel) e os sistemas de direção, suspensão e freios. A capacidade off-road é compatível com o DNA da marca.

Em relação ao Renegade, o Compass vai além: seu espaço interno é mais generoso, o porta-malas tem 410 litros (388 na versão Trailhawk). Seu design é agradável e equilibra com muito mais competência a esportividade de um aventureiro, a robustez de um SUV e a elegância de um carro familiar.

O carro tem linhas sóbrias e um capô aerodinâmico. A assinatura em LED dos faróis lembra o desenho do corpo humano. E as luzes diurnas (DRL) ficam na parte de baixo do para-choque. Visto de lado, ele tem caixas de rodas proeminentes e linha de cintura ascendente, enquanto a linha do teto é descendente e termina de forma suave no vidro traseiro. Na traseira, o Compass exibe lanternas bem largas, também com assinatura de LED. O teto pode ser panorâmico na versão Longitude, que têm rodas aro 18. Na Trailhawk são de 17”.

Por dentro, a tela multimídia tem 8,4” nas versões avaliadas, com ar-condicionado digital e piloto automático adaptativo. O volante é multifuncional, de couro, com pegada grossa. O quadro de instrumentos tem computador de bordo de 3,5” na Longitude e de 7” colorido oito telas na Trailhawk. A versão tipo de linha vem com sete airbags, assistente de ponto cego, farol alto/baixo automático, sistema de freios anticolisão e controle anticapotamento. O motor tem partida remota apertando duas vezes a chave.

Segundo a Jeep, uma das vantagens de seu novo SUV nacional é ter uma tração integral completa (4WD e não AWD), com reduzida e bloqueio do diferencial. No Compass, o sistema fica no modo Auto (distribui eletronicamente a tração de acordo com a necessidade) e pode ser alterado para Snow (piso escorregadio), Sand (areia), Mud (lama) e Rock (pedriscos). O carro também está equipado com o sistema de controle de descida (HDC). Só no Brasil, a engenharia da FCA dedicou quase 500 mil horas no desenvolvimento do novo Jeep Compass.

Segundo Alexandre Clemes, gerente de marketing de produto, “o Compass está para o Brasil assim como o Grand Cherokee está para os Estados Unidos”. Isso significa que o modelo brasileiro tem itens só encontrados em carros mais caros. Na Motor Show impressa, que chega às bancas na primeira semana de outubro, fizemos um comparativo que mostra as vantagens do Compass diante de alguns rivais mais caros, como os alemães Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA.

Leia também a avaliação completa do carro, num roteiro de 546 km entre Guarulhos (SP) e Paraty (RJ), além de outras informações de mercado e posicionamento.

FICHA TÉCNICA
Motor: 4 cilindros em linha 2.0, 16V, turbo, injeção direta
Cilindrada: 1956 cm3
Combustível: diesel
Potência: 170 cv a 3.750 rpm
Torque: 35,7 kgfm a 1.750 rpm
Câmbio: automático, nove marchas, sequencial
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d) multilink (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: 4WD (integral com bloqueio de diferencial)
Dimensões: 4,416 (c), 1,819 m (l), 1,654 m (a)
Entre-eixos: 2,636 m
Pneus: 225/60 R17 (Trailhawk) e 225/55 R18 (Longitude)
Porta-malas: 410 litros (388 litros na Trailhawk)
Tanque: 60 litros
Peso: 1.751 kg
0-100 km/h: 10s0
Velocidade máxima: 194 km/h
Consumo cidade: 9,8 km/l
Consumo estrada: 11,4 km/l